A Petrobras (PETR4) informou a ocorrência de um rompimento de mangote (mangueira de sucção) na plataforma P-58. O rompimento ocorreu durante operação de transferência de óleo para navio aliviador na madrugada deste sábado (23). O vazamento de óleo é estimado em 188 metros cúbicos (m³).
O comunicado à Companhia de Valores Mobiliários (CVM) alega que “a plataforma está em condição segura. Não há vítimas nem impacto para a operação”.
Tal plataforma está localizada no Parque das Baleias, na Bacia de Campos, litoral sul do Espírito Santo. A distância até a costa é de cerca de 80 km da costa.
“Duas embarcações estão no local para contenção e recolhimento da mancha. As simulações iniciais indicam que não há risco de a mancha chegar à costa. Está sendo realizado sobrevoo com especialistas para avaliação da região”, afirmou a Petrobras.
“A Petrobras já comunicou a ocorrência aos órgãos reguladores competentes. Uma comissão está sendo formada para investigar as causas da ocorrência”, completou.
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Parque das Baleias
Em fevereiro de 2014, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu que as áreas produtivas que formam o Parque das Baleias deveriam ser consideradas como um único campo.
A decisão elevaria de forma relevante o cálculo de pagamento de participações especiais à União.
A participação especial é uma compensação financeira paga por petroleiras apenas em campos com grande volume de produção. É diferente dos royalties, que incidem sobre o volume total da produção, contabilizando todas as áreas.
No período, a Petrobras não concordou com a decisão administrativa. A divergência chegou à Justiça, e até obteve câmara de arbitragem internacional.
Contudo, em 14 de janeiro, a Petrobras divulgou em fato relevante, que reconheceria a provisão de R$ 3,5 bilhões no balanço do quarto trimestre de 2018. O reconhecimento faz parte de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para unificação de campos do Parque das Baleias.
A ANP já havia informado que deveria assinar, com a Petrobras, o acordo até março. A disputa pelas participações governamentais no Parque das Baleias já dura quase cinco anos, conforme a agência “Reuters”.
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Novo Campo de Jubarte
O campo de Jubarte, uma das áreas do Parque das Baleias, passará a ser intitulado “Novo Campo de Jubarte”. Devido ao acordo, tal campo será formado pelas áreas:
- Jubarte;
- Baleia Azul;
- Baleia Franca;
- partes de Cachalote e Pirambu;
- pequenas parcelas de Caxaréu e Mangangá.
Segundo a ANP, o acordo renderá arrecadação de participação especial, do novo campo, de cerca de R$ 25,8 bilhões, nos próximos 20 anos. O valor estimado é nominal, considerando curva de produção prevista, preço do óleo e câmbio atuais, investimentos e custos operacionais.
Além disso, a ANP se comprometeu a prorrogar a fase de produção do Novo Campo de Jubarte da Petrobras por 27 anos, para 2056. Anteriormente, a fase se encerraria em 2029.