A estatal petrolífera Petrobras (PETR4) atualizou, nesta quarta-feira (19), o valor a ser pago à Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), de R$ 2,02 bilhões para R$2,05 bilhões.
A Petrobras deveria fazer o repasse do valor a vista, entretanto renegociou com a Petros o parcelamento semestral, em 20 anos, no valor de R$ 2,05 bilhões.
A quantia equivale à parcela da estatal petrolífera nos benefícios de pecúlio (espécie de seguro vida pago em caso de falecimento dos segurados) no âmbito da reestruturação dos planos de previdência da Fundação Petrobras de Seguridade Social.
Os valores foram determinados evitando que os participantes fossem prejudicados, seguindo a meta atuarial.
Petrobras explica decisão de rever pagamento
A estatal petrolífera esclareceu que devido ao cenário atual econômico incerto, a mudança teve o objetivo de preservar o caixa da empresa, assim como orientado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest/ME).
O valor de R$2,02 bilhões anunciado em março desse ano considerava dezembro de 2019 como a data-base para o cálculo atuarial.
Saiba Mais: Petrobras (PETR4) vende campos terrestres do Ceará por US$ 35 milhões
“Esse contrato financeiro firmado com a Petros impactará as demonstrações financeiras da Petrobras na proporção dos juros incorridos sobre este parcelamento”, informou a empresa em um comunicado.
Estatal já tinha pago R$ 950 milhões
No começo de agosto, a Petrobras já tinha realizado o pagamento de R$ 950 milhões à Petros para encerrar o litígio arbitral proposto pelo fundo de pensão dos funcionários da empresa ligado ao investimento na Sete Brasil.
“O acordo extinguiu o litígio sem reconhecimento de culpa ou responsabilidade por ambas as partes e não afeta outras ações judiciais ou arbitragens envolvendo as partes, bem como outros litígios envolvendo o investimento na Sete Brasil”, informou a Petrobras, em comunicado.
Saiba mais: Petrobras (PETR4) paga R$ 950 mi à Petros para encerrar litígio
O processo da Petros tinha como objetivo responsabilizar a Petrobras pelas perdas obtidas nos fundos de investimentos realizados na Sete Brasil. A empresa especializada em exploração na camada de pré-sal foi alvo das investigações de corrupção no âmbito da Operação Lava-Jato.