A Petrobras anunciou a intenção de cortar US$ 8,1 bilhões em custos operacionais entre 2019 e 2023. A informação foi dada pela própria empresa na última sexta-feira (8).
De acordo com o comunicado divulgado, a Petrobras pretende cortar os gastos reduzindo as despesas com funcionários e com menores gastos com propaganda e escritórios. No entanto, em relação aos funcionários, em breve será aberto um plano de demissão voluntária (PDV).
Além disso, a companhia ainda afirmou que os cortes nos custos operacionais reduzirão o plano de negócios 2019-2023, que tinha custo estimado de US$ 122,6 bilhões nos cinco anos.
A Petrobras ainda pretende vender alguns campos maduros de petróleo no Brasil. Isso faz parte do programa de desinvestimento.
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Lucro da empresa
A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 25,779 bilhões em 2018. Esse foi o primeiro resultado positivo da estatal após quatro anos seguidos de prejuízos.
Além disso, esse foi o melhor resultado da Petrobras desde 2011. No quarto trimestre de 2018, a companhia petrolífera teve um lucro líquido de R$ 2,102 bilhões. Um resultado que reflete a redução do preço do petróleo tipo Brent no período.
Além disso, a queda das margens nas vendas de derivados e da ocorrência de itens especiais, que totalizaram R$ 6,3 bilhões, também influenciou o resultado. Por sua vez, o lucro operacional foi de de R$ 62,957 bilhões em 2018. Um aumento de 77% na comparação com o ano anterior.
Os dividendos pagos aos acionistas somaram R$ 1,178 bilhão no 4º trimestre de 2018. O fluxo de caixa no último trimestre do ano foi de R$ 17,119 bilhões.
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Segundo a Petrobras, esse resultado positivo foi influenciado pela melhora do lucro operacional e do resultado financeiro. Além disso, influenciaram positivamente a redução das despesas com juros, graças a diminuição do endividamento. O endividamento líquido da empresa caiu 4% em 2018, chegando a R$ 268,824 bilhões. O endividamento bruto, por sua vez, foi de R$ 326,878 bilhões, uma queda de 10% em comparação a 2017. Desse montante, o de curto prazo chegou a R$ 14,269 bilhões no ano passado, uma queda de 38% em relação a 2017. Por outro lado, o de longo prazo foi de R$ 312,580 bilhões, uma redução de 8% em comparação a 2017.
Também foi registrado um crescimento das receitas financeiras com os ganhos com a renegociação de dívidas do setor elétrico.
Previsão de produção
Entretanto, a produção de petróleo, gás natural liquefeito e gás natural registrou queda de 5% em 2018 em comparação com 2017. No total, a estatal petrolífera produziu 2,628 milhões de barris de óleo equivalente (BOED) por dia. Um resultado negativo provocado pelos desinvestimentos em campos petrolíferos, como os de Lapa e Roncador.
Para 2019, a previsão de produção petrolífera no Brasil da empresa é de 2,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
Por outro lado, a estatal registrou um crescimento de 13% nas vendas de diesel. Mas a venda de gasolina teve uma queda por conta da perda de competitividade em relação ao etanol.
No total, a receita de vendas da Petrobras cresceu 26% em 2018 em comparação com o ano anterior, chegando a R$ 269,138 bilhões.