A Petrobras (PETR3; PETR4) informou, na última quarta-feira (29), que solicitou a desvinculação do Programa Destaque em Governança de Estatais. Criado em 2015 pela B3 (B3SA3), o projeto visava atestar esforços de empresas estatais comprometidas a governança.
O programa foi estabelecido durante os escândalos de desvios de dinheiro público revelados pela operação Lava Jato. O projeto permite a adesão de empresas, como a Petrobras até então, que sigam determinados quesitos de governança. Um dos principais quesitos são medidas para evitar indicações políticas para a diretoria.
A agência de notícias “Reuters” havia informado em julho do ano passado que a administração da estatal avaliava deixar o programa por iniciativa do seu presidente Roberto Castello Branco.
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A petroleira disse que aderiu ao programa em agosto de 2017 e que “continuou evoluindo no aperfeiçoamento de suas práticas de governança, tendo aderido ao segmento especial de listagem Nível 2 de Governança Corporativa da B3”.
“Nesse sentido, a Petrobras permanece sob supervisão da B3 enquanto companhia aberta”, informou a Petrobras, salientando que o segmento nível 2, dentre outros aspectos, é destacada pelas regras mais rigorosas de transparência e governança.
A companhia afirmou ainda que as principais regras de governança vigentes no Brasil estão endereçadas na chamada Lei das Estatais, aos quais a Petrobras já se submete.
“A companhia segue se destacando, nos últimos anos, pelo aprimoramento contínuo de suas regras de governança corporativa e de seus controles internos”, informou.
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Entre as empresas públicas, a Petrobras afirmou que obteve nota máxima em todos os ciclos de avaliação do indicador de governança, criado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), vinculada ao Ministério da Economia.