Petrobras (PETR4) confirma indicação do presidente do Flamengo para comandar conselho

A Petrobras (PETR4) confirmou a indicação do presidente do Flamengo Rodolfo Landim para a presidência do conselho de administração da estatal, por indicação do governo de Jair Bolsonaro.

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A Petrobras divulgou os nomes dos 14 candidatos indicados pelo governo (a União é acionista controlador da petroleira) para os conselhos de Administração e Fiscal da companhia.

A petroleira recebeu do Ministério de Minas e Energia, por meio de um ofício, oito indicações para o Conselho de Administração e quatro indicações para o Conselho Fiscal. Já a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Economia emitiu outras duas indicações para o Conselho Fiscal, também em ofício.

Os nomes serão votados na Assembleia Geral Ordinária da empresa, marcada para 13 de abril.

A lista de candidatos para o Conselho de Administração inclui, além do atual presidente do Flamengo para a presidência, o atual presidente da petroleira, Joaquim Silva e Luna, Carlos Eduardo Lessa Brandão, Luiz Henrique Caroli, Márcio Andrade Weber, Murilo Marroquim de Souza, Ruy Flaks Schneider e Sonia Julia Sulzbeck Villalobos.

Para o Conselho Fiscal, os indicados do Ministério de Minas e Energia são Agnes Maria de Aragão da Costa como titular, tendo Marisete Fátima Dadald Pereira como suplente, e Sérgio Henrique Lopes de Sousa para titular, tendo Alan Sampaio Santos como suplente, enquanto os representantes do Tesouro Nacional são Janete Duarte Mol para titular e Otavio Ladeira de Medeiros como suplente.

Os nomes foram listados pela Petrobras em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Presidente do Flamengo, que precisará sair do comando do clube, é próximo ao governo federal

Landim é um engenheiro da área de petróleo, mas tem notoriedade hoje por comandar o Flamengo. De acordo com relatos de um ministro, que pediu anonimato, o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, teve papel essencial na escolha do dirigente esportivo para o cargo de destaque na estatal.

De acordo com relatos de um ministro, que pediu anonimato, o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, teve papel essencial na escolha do dirigente esportivo para o cargo de destaque na estatal. Foto: Divulgação/Alexandre Vidal/Flamengo

O atual chefe do conselho de administração da empresa petrolífera, Eduardo Bacellar Leal Ferreira confirmou neste sábado, 5, à agência Reuters que vai sair do cargo. Ele citou como motivo o fato de querer dedicar mais tempo para a família. A troca deve ser oficializada na segunda-feira, 7.

O presidente do Flamengo, que precisará sair do comando do clube, é um dos nomes do mundo esportivo mais próximos do governo federal. Ele já foi recebido por Bolsonaro no Palácio do Planalto e também recepcionou Ciro Nogueira e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, em uma visita à sede do time no ano passado, no Rio. Landim foi reeleito no final de 2021 como presidente do time e sua gestão iria até 2024.

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Em janeiro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se reuniu com o presidente do Flamengo no Rio de Janeiro. Na ocasião, a agenda surpreendeu jornalistas, que questionaram o motivo do encontro ao MME. A pasta, no entanto, não se manifestou na ocasião.

Landim já ocupou cargo na Petrobras

Não é a primeira vez que Landim assume um cargo na Petrobras. De 2003 a 2006, durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dirigente esportivo foi presidente da BR Distribuidora, atual Vibra Energia (VBBR3).

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No ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma denúncia para que o presidente do time e outras quatro pessoas respondessem por gestão fraudulenta. O caso, que é um desdobramento da Operação Greenfield, indica que os alvos teriam causado prejuízos a fundos de pensão.

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A mudança no comando do conselho acontece em meio às reiteradas críticas de Bolsonaro à política de preços da Petrobras. O modelo atual, que passou a ser adotado em 2016, durante o governo de Michel Temer (MDB), atrela os preços à cotação do petróleo no mercado internacional. A política tem provocado um aumento dos preços dos combustíveis, o que provoca receio em Bolsonaro de perder apoio popular durante um ano eleitoral.

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Com informações do Estadão Conteúdo

Marco Antônio Lopes

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