O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (9) que a Petrobras (PETR3; PETR4) irá manter a atual política de preços livres sem interferências do governo federal.
De acordo com Bolsonaro, que postou o comentário no Twitter, a tendência é que os preços caiam nas refinarias, já que o preço do barril de petróleo caiu, em média, 30% e o governo não irá aumentar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
– NÃO existe possibilidade do Governo aumentar a CIDE para manter os preços dos combustíveis. O barril do petróleo caiu, em média, 30% (US$ 35 o barril). A Petrobras continuará mantendo sua política de preços sem interferências. A tendência é que os preços caiam nas refinarias.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 9, 2020
A afirmação veio no dia em que os preços do petróleo despencam em todo mundo, após o início de um conflito comercial entre Arábia Saudita e Rússia.
Por conta da falta de sucesso nas negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia sobre o volume de produção da commodity, os preços do barril Brent chegaram a cair 31% no mercado futuro asiático do último domingo (8). Essa é a maior queda diária desde a Guerra do Golfo, ocorrida entre 1990 e 1991.
Na última sexta-feira (6), as más notícias sobre as negociações entre os países da OPEP e a Rússia (grupo chamado de OPEP+), chegaram a derrubar o petróleo na maior queda diária em 11 anos.
Devido à disseminação do coronavírus (Covid-19), a demanda por petróleo tem caído ao longo de 2020. Em um cenário de queda no consumo da commodity, a Arábia Saudita, que detêm a maior e mais eficiente produção do mundo, tentam tirar participação de mercado de alguns países, como a Rússia.
Na última sexta-feira, era esperado que o cartel anunciasse um novo corte diário de 1,5 milhão de barris, como uma medida para conter o esfriamento econômico global. No entanto, a Rússia não aceitou.
Em resposta ao governo russo, a OPEP retirou todos os seus limites de bombeamento. Até a última sexta-feira, os contratos de petróleo acumulavam queda de mais de 30% neste ano. Todas essas notícias acabam afetando as petroleiras pelo mundo. No Brasil, até o momento, a Petrobras foi a mais afetada do setor no mercado.
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