Petrobras (PETR3): petroleiros suspendem greve após 20 dias de paralisação

Os petroleiros suspenderam na tarde desta quinta-feira (20) a greve da Petrobras (PETR3; PETR4). A paralisação teve início no dia 1º de fevereiro.

A greve foi suspensa para que os funcionários possam iniciar uma nova rodada de negociações com a direção da Petrobras. O processo será intermediado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra.

A principal questão do debate entre os petroleiros e a estatal é a demissão dos 400 trabalhadores da Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná. Entretanto, embora os funcionários reivindiquem os desligamentos, o presidente da petrolífera, Roberto Castello Branco, já antecipou que os contratos de trabalho continuarão suspensos mesmo após a conclusão das negociações.

“A decisão está fechada”, afirmou o presidente da petroleira estatal sobre as demissões. Além disso, Castello Branco ressaltou ainda que a empresa tem capacidade para suportar uma greve de longo prazo.

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De acordo com uma fonte familiarizada com a paralisação, a greve será retomada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) caso um acordo não seja realizado.

Entenda o que causou a greve da Petrobras

A greve dos trabalhadores da Petrobras foi motivada por demissões de funcionários da subsidiária Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, que será desativada.

Saiba mais: Funcionários da Petrobras aprovam greve a partir de 1º de fevereiro

Além disso, a paralisação reivindica contra o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a cláusula 26 do ACT da Araucária Nitrogenados impede a empresa de promover demissões em massa sem negociar previamente com o sindicato.

“A Petrobras anunciou a demissão sumária dos trabalhadores da Fafen-PR, que souberam do fato pela imprensa. Nem o sindicato, nem a FUP foram sequer informados sobre essa decisão arbitrária”, comunicou a federação.

A greve foi considerada pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins, como “abusiva e ilegal”. Ao todo, são 21 mil trabalhadores e 121 unidades da Petrobras que aderiram a paralisação liderada por sindicatos.

Giovanna Oliveira

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