Na quarta-feira (29), a Petrobras (PETR4) comunicou a venda de sua participação de 30% na Brentech Energia para a Enegen, que já possuía os outros 70% da empresa, por 10,6 milhões de reais.
Segundo a Petrobras, a transação foi concluída com a assinatura do contrato de venda das ações, sem a necessidade de cumprir condições adicionais.
A Petrobras explicou que a venda está de acordo com sua estratégia de “redução da pegada de carbono, otimização do portfólio de termelétricas e priorização de investimentos em usinas termelétricas a gás natural de alta eficiência”.
A Brentech é proprietária da usina termelétrica Goiânia II, situada em Aparecida de Goiânia (GO), com capacidade instalada de 145 megawatts (MW). Este é o único ativo da empresa, que não conta com funcionários da Petrobras na operação da usina.
“Como a UTE Goiânia II é movida a óleo diesel e não possui sinergia com nossas atividades, a empresa não se encaixa na estratégia da Petrobras, que busca a integração e migração para um portfólio com menor pegada de carbono”, comentou a estatal.
Petrobras: BTG vê alta percepção de risco após falas de Chambriard, mas mantém ‘compra’
Na noite da última segunda-feira (27), Magda Chambriard concedeu sua primeira entrevista coletiva como presidente da Petrobras (PETR4). Em relatório sobre as falas da nova CEO, o BTG Pactual citou uma alta percepção de risco, ainda que mantenha uma posição otimista sobre a empresa.
Segundo os analistas do BTG, Magda Chambriard sugeriu uma estratégia semelhante àquela que vem sendo seguida pela Petrobras (PETR4) nos últimos anos, com foco em investimentos.
A casa afirma que a percepção de risco sobre a empresa segue superior em relação a alguns meses atrás. No entanto, a posição otimista é mantida, baseada na “capacidade da empresa de continuar distribuindo dividendos volumosos”.
Entre os temas “mais controversos” das declarações de Chambriard, o BTG Pactual cita:
- Plano de fornecer maiores oportunidades para a indústria local (inclusive naval)
- Investimentos em fertilizantes
- Acelerar a implantação de investimentos, o que poderia reduzir o ROIC da empresa
Além disso, destaca o BTG, a nova presidente da Petrobras reafirmou antigas diretrizes, como:
- Atual política de preços dos combustíveis para evitar a volatilidade foi bem-sucedida e não deve ser alterada
- Investimentos em refinarias permanecerão em vigor
- Fusões e aquisições estão sendo estudadas
- Transição energética continuará como parte da estratégia da empresa
Diante disso, o BTG segue com recomendação de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de US$ 19 para as ADRs negociadas em Nova York.
“Mesmo assumindo potenciais fusões e aquisições e nenhum dividendo extraordinário (um cenário improvável), dividend yields de 11% em 2024 e 2025 continuam a acomodar a tese de investimento”, diz o relatório.
Os analistas ainda afirmam que estão ansiosos para ver os próximos passos da nova CEO da Petrobras em relação à possíveis mudanças na gestão, mas não acreditam que ela poderá minar a governança corporativa conquistada nos últimos anos.
Desempenho anual das ações da Petrobras
Cotação PETR4