Petrobras (PETR4) finaliza venda da Gaspetro por R$ 2,097 bilhões para a Compass

A Petrobras (PETR4) concluiu, nesta segunda-feira (11), a venda de 51% da Gaspetro para a Compass, da Cosan (CSAN3). Os R$ 2,097 bilhões pagos pela transação foram integralmente quitados hoje, de acordo com fato relevante divulgado pela estatal.

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A Petrobras destaca que a operação está alinhada com o Termo de Compromisso de Cessação (TCC) assinado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em julho de 2019, para promoção de concorrência no setor de gás natural no Brasil, bem como à estratégia de gestão do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia.

A Gaspetro é uma holding com participação societária em 18 companhias distribuidoras de gás natural, localizadas em todas as regiões do Brasil. Suas redes de distribuição somam aproximadamente 10 mil km, atendendo a mais de 500 mil clientes, com volume distribuído de cerca de 29 milhões m3/dia.

O quadro societário então formado pela Petrobras, com 51% das ações, e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 49% restantes das ações, passa a ser 51% das ações da Compass e 49% das ações da Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda.

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Petrobras: Cade autoriza sem restrições compra da Gaspetro pela Compass

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta em 21 de junho, sem restrições, a compra de 51% de participação da Petrobras na Gaspetro pela Compass.

O placar do julgamento foi apertado: três conselheiros votaram por impor condições e quatro pelo aval sem restrições. Como antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, parte do conselho demonstrou preocupações de que a transação da Gaspetro crie uma nova “gigante do gás”, com a Compass passando a ter uma participação de mercado muito grande, principalmente em Estados como São Paulo e Santa Catarina.

A principal divergência durante o julgamento foi sobre a necessidade de tornar ou não obrigatória a venda de 12 distribuidoras pela Compass. Durante o processo, a empresa apresentou, voluntariamente, um plano de negócio que prevê o desinvestimento de uma dúzia de empresas, de um total de 18 adquiridas no negócio.

Segundo o Broadcast apurou, as empresas a serem vendidas estão localizadas em Estados como Acre, Roraima e Alagoas e não incluem mercados consumidores do Sul e Sudeste.

O relator do processo, Luiz Hoffmann, votou pela aprovação da compra da Gaspetro sem restrição por entender que a intenção apresentada pela Compass de se desfazer de distribuidoras é suficiente. “Quando a Compass vem aos autos e explica seu plano de negócios, eu não posso tratar isso como uma informação irrelevante. É uma informação essencial e que, se não comprovada, pode levar a revisão da operação”, completou o conselheiro Gustavo Augusto, que acompanhou o voto do relator.

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Já o conselheiro Luiz Braido apresentou voto divergente em que tornava obrigação a venda, em até três anos, das 12 empresas. O voto também determinava que a Compass e demais empresas da Cosan não poderiam celebrar novos contratos de comercialização de gás no mercado livre nas regiões em que tivesse controle em companhias regionais de distribuição.

“A Compass informou que as vendas fazem parte do seu plano de negócio, porém planos de negócio podem mudar, principalmente quando há incentivos”, completou o conselheiro Sérgio Ravagnani, que votou com Braido.

A maioria acompanhou o relator, levando à aprovação do negócio sem restrição.

Em julho do ano passado, a Compass anunciou a compra da participação da Petrobras da Gaspetro por R$ 2,03 bilhões. A venda é uma das medidas tomadas pela estatal para cumprir o Termo de Compromisso de Cessação (TCC), assinado em julho de 2019 com o Cade, com a finalidade de estimular a concorrência no mercado de gás natural.

Em março, a Superintendência-Geral do órgão antitruste chegou a dar aval, sem restrições, à operação na Compass, mas houve recurso, o que levou o negócio à avaliação do tribunal.

Petrobras conclui teste em poço de Alto de Cabo Frio Central Noroeste

A Petrobras informou nesta segunda-feira que concluiu o teste de formação no poço pioneiro 1-BRSA-1383A-RJS (Alto de Cabo Frio Central Noroeste) no pré-sal da porção sul da Bacia de Campos. A nova descoberta está localizada a 230 km da cidade do Rio de Janeiro, em profundidade d’água de 1.833 metros.

O teste de formação avaliou um espesso intervalo de reservatórios carbonáticos do pré-sal no qual se comprovou boa produtividade, destaca a empresa, em comunicado ao mercado. Durante o teste foram coletadas amostras de óleo que serão posteriormente caracterizadas por meio de análises de laboratório.

O resultado, segundo a Petrobras, é fruto da estratégia do consórcio de maximizar a utilização dos dados e de aplicar novas soluções, possibilitando o processamento em tempo real dos dados adquiridos, que permite tomada de decisão de forma ágil e segura.

O consórcio dará continuidade às atividades no bloco Alto de Cabo Frio Central, visando avaliar as dimensões da nova acumulação. O bloco foi adquirido em outubro de 2017, na terceira rodada de licitação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), sob o regime de Partilha de Produção, tendo a Pré-Sal Petróleo (PPSA) como gestora.

A Petrobras é a operadora do bloco e detém 50% de participação, em parceria com a empresa BP Energy do Brasil (50%).

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(Com informações do Estadão Conteúdo)

Marco Antônio Lopes

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