Petrobras (PETR4): Venda de fatia à White Martins entra na pauta do Cade
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) marcou o julgamento da venda da fatia da Petrobras (PETR4) na GNL Gemini Gás Local para a sua sócia, White Martins, na próxima semana.
O julgamento deve ocorrer na quarta-feira (16), sendo que a venda da fatia da Petrobras foi anunciada em setembro de 2020 e não teve o valor revelado.
A Gás Local é controlada pelo Consórcio Gemini, sendo 40% Petrobras e 60% White Martins. A empresa atua no setor de distribuição de Gás Natural Liquefeito (GNL) em carretas criogênicas.
A Petrobras fornece o gás natural, que é liquefeito pela White Martins e distribuído pela Gás Local. Pelo acordo, serão feitos ajustes nas condições de fornecimento de gás natural pela Petrobras até 2023.
Segundo fontes do jornal O Estado de S. Paulo, como a Petrobras continuará vendendo gás natural para a empresa, a aprovação do Cade deverá ter restrições.
O Consórcio Gemini já foi alvo de multa pelo Cade, em 2016 (R$ 21 milhões), por prática de preço inferior ao do mercado na venda do gás natural pela Petrobras para a White Martins.
Petrobras assinou contrato para fornecimento de plataforma em búzios
A Petrobras também informou que, nesta sexta (11), assinou contrato com a joint venture formada pelas empresas Saipem e DSME no valor de US$ 2,3 bilhões para fornecimento da P-79, oitava unidade a ser instalada no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.
Com capacidade de processamento de 180 mil barris de óleo por dia e 7,2 milhões de m³ de gás por dia, a plataforma é do tipo FPSO, unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo. A entrega está prevista para 2025.
Segundo a estatal, o fornecimento do FPSO é resultado da contratação na modalidade EPC (engenharia, suprimento e construção) e da estratégia da Petrobras de desenvolver novos projetos de plataformas próprias, incorporando as lições aprendidas nos FPSOs já instalados no pré-sal, incluindo aspectos de contratação e construção.
O contrato prevê o atendimento ao conteúdo local de 25%, requisito previsto em edital e compromissado com a ANP para o campo de Búzios.
A estatal detalha ainda que o projeto prevê a interligação de 14 poços ao FPSO, sendo 8 produtores e 6 injetores, por meio de infraestrutura submarina composta por dutos rígidos de produção e de injeção e dutos flexíveis de serviços.
O campo de Búzios, descoberto em 2010, é o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo. É um ativo de classe mundial, com reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração.
Deve chegar ao final da década com a produção diária acima de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia, tornando-se o ativo da Petrobras com maior produção.
Atualmente, há quatro unidades em operação em Búzios, que respondem por mais de 20% da produção total da Petrobras.
A quinta, sexta e sétima plataformas previstas para o campo (FPSOs Almirante Barroso, Almirante Tamandaré e P-78) estão em construção e a nona unidade (P-80) está em processo de contratação, informa a Petrobras em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
(Com informações do Estadão Conteúdo)