A Petrobras (PETR4) enviou nesta sexta-feira (11) uma carta à BR Distribuidora (BRDT3) solicitando cooperação para implementar uma oferta pública secundária (follow on) para a venda de sua participação de 37,50% no capital social da sua ex-subsidiária.
Em fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras destaca que a realização do follow on está sujeita à fatores como: condições de mercado; aprovação dos órgãos internos da estatal; preço e; análise da CVM.
Além disso, a petrolífera explica que a operação está alinhada à otimização do seu portfólio e à melhoria de alocação do seu capital, “visando a geração de valor para os seus acionistas”.
Ontem, a Petrobras já havia reafirmado, em comunicado, que venderá sua participação na BR Distribuidora através de uma oferta subsequente de ações.
A decisão havia sido tomada pelo Conselho de Administração da empresa em agosto do ano passado, ainda na gestão do ex-presidente da petrolífera, Roberto Castello Branco. Havia dúvidas, no entanto, se seria mantida na gestão do general Joaquim Silva e Luna, que assumiu a liderança da Petrobras em abril deste ano.
No documento, a companhia confirmou que a participação remanescente na BR será oferecida ao mercado por meio da oferta de ações. “O montante a ser arrecadado dependerá do resultado da precificação da transação”, disse a estatal.
A abertura de capital da BR Distribuidora ocorreu em 2017, dois anos antes da privatização. A Petrobras se desfez do controle da empresa, com a venda da participação de 30% por R$ 9,6 bilhões. A atual fatia de 37,5% na companhia corresponde a R$ 11,69 bilhões, com base no valor de mercado corrente.
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Além disso, mais cedo nesta sexta-feira a companhia informou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) marcou o julgamento da venda da fatia que detém na GNL Gemini Gás Local para a sua sócia, White Martins, na próxima semana.
O julgamento deve ocorrer na quarta-feira (16), sendo que a venda da fatia da Petrobras foi anunciada em setembro de 2020, mas não teve o valor revelado.
A Gás Local é controlada pelo Consórcio Gemini, sendo 40% Petrobras e 60% White Martins. A empresa atua no setor de distribuição de Gás Natural Liquefeito (GNL) em carretas criogênicas.