O UBS BB emitiu um novo relatório sobre a Petrobras (PETR4) após a divulgação do novo plano estratégico da companhia. Entre os destaques, o preço-alvo para as ações foi elevado, bem como a previsão para os dividendos da petroleira.
Os analistas da casa recomendam compra para as ações de Petrobras (PETR4), com o preço-alvo saindo de R$ 47 para R$ 51, levando em consideração novos dados de capex, produção e câmbio.
Já a projeção de dividend yield da Petrobras em 2025 foi elevada de 11% para 16%. Além disso, a casa entende que, no cenário mais otimista, o número pode chegar a 20%.
Inicialmente, a casa estava preocupada com a possibilidade de 2025 representar um ano de crescimento limitado na produção e dividendos reduzidos, com recuperação apenas em 2026. Contudo, o novo plano estratégico da Petrobras trouxe uma redução nos investimentos previstos para 2025 e antecipou o aumento de produção.
Com isso, o UBS BB reitera a recomendação de compra, ainda que cite riscos de curto prazo relacionados principalmente a possíveis fusões e aquisições e aos preços do petróleo.
“Por outro lado, um potencial aumento nos dividendos extraordinários para mais de R$ 20 bilhões anuais poderia sustentar o otimismo”, diz a casa.
Os analistas citam dois fatores principais que justificam um elevado retorno para os acionistas da Petrobras em 2025:
- Redução do capex (investimentos em bens de capital):
O plano estratégico revisou a projeção de investimentos para US$ 15,8 bilhões em 2025, abaixo dos US$ 17,2 bilhões estimados anteriormente. Essa redução libera fluxo de caixa adicional para os dividendos ordinários. - Aumento do limite de dívida bruta:
O teto da dívida bruta foi elevado para US$ 75 bilhões, contra os US$ 65 bilhões anteriores. Isso abre espaço para dividendos extraordinários, estimados entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4 bilhões.
Além disso, o relatório aponta um alinhamento crescente entre a companhia e o governo federal, que depende dos dividendos da Petrobras para reforçar o equilíbrio fiscal.
Assim, a expectativa é de que a Petrobras contribua com mais de R$ 30 bilhões anuais em dividendos para os cofres públicos, incluindo a parcela do BNDES.