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Petrobras (PETR4) inicia estudos para voltar a construir navios no Brasil

Petrobras (PETR4)

Petrobras (PETR4) - Foto: Divulgação Transpetro/Petrobras

Subsidiária da Petrobras (PETR4), a Transpetro voltará a construir navios no Brasil. Atualmente, a empresa dispõe de 26 embarcações e contrata os serviços de outros dez de origem estrangeira.

Segundo o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, foi criado um grupo de trabalho interno para fazer um levantamento em até 60 dias sobre as demandas do setor, a situação dos estaleiros e os custos envolvidos nas operações.

Além disso, há tratativas com órgãos do governo federal para a construção de navios entrar no rol de prioridades de investimentos, por entender que há um potencial grande de geração de empregos.

Bacci garantiu que o esforço vai ser acompanhado de uma preocupação com a probidade financeira e administrativa, a partir da criação de mecanismos para evitar desvios e operações ilícitas. “Nós vamos construir navios, mas não será a qualquer preço e a qualquer prazo. Precisamos de parâmetros para não ter problemas”, afirmou o presidente.

Sem problemas de caixa

Em termos financeiros, a Transpetro informou que é superavitária e não tem problemas de caixa. Entre as fontes disponíveis de recursos está o Fundo da Marinha Mercante, constituído em 1958 para financiar a indústria naval.

Mas a companhia também está se juntando à Petrobras e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Comissão Mista que vai discutir outras possibilidades de investimentos.

Bacci reforçou que as discussões sobre a privatização da companhia são uma página virada. O foco agora é na retomada dos concursos públicos, na ampliação de clientes, no aumento da capacidade de operação e dos serviços oferecidos pela empresa.

“Para a indústria naval ser efetiva, ela precisa ser perene, ter demanda de longo prazo. E infelizmente, aqui no Brasil, você vive de altos e baixos. Tem dez anos de construção naval forte, depois passa outros dez anos sem encomendas. Precisamos construir o projeto pensando no país, não no governo. Tem que ser um projeto de Estado. Independentemente de quem esteja na gestão, o projeto precisa sempre continuar”.

Para acelerar as construções, um dos caminhos é estimular estaleiros atualmente parados a retomarem os trabalhos. Nesse sentido, a Transpetro também disse ter avançado em conversas com o TCU e a CGU.

Com informações da Agência Brasil

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