A Petrobras (PETR4) irá investir uma cifra de R$ 76 milhões em mais um supercomputador para lidar com as necessidades de computação de alto desempenho da área de geofísica.
O nome do supercomputador da Petrobras será Gaia – deusa da mitologia grega que representa a Terra e o poder da criação.
Segundo as informações divulgadas pela companhia, o equipamento deve ser utilizado no aperfeiçoamento de tecnologias utilizados nos campos do pré-sal como na Margem Equatorial, uma nova fronteira no Norte do País que aguarda autorizações ambientais para começar a ser explorada.
A máquina terá capacidade de 7,7 Petaflops, e a Petrobras estima que a máquina ficará no ranking dos 500 supercomputadores mais potentes do mundo. A estatal não ofereceu outros detalhes técnicos do Gaia, como a quantidade de RAM e GPUs.
Já o consumo de energia será de 574 KW. Nos cálculos da Petrobras, esta quantidade equivale a uma cidade com 2,4 mil habitantes.
“O Gaia será utilizado para desenvolver novas tecnologias em geofísica, com foco especial na geração de imagens e modelos de subsuperfície”, afirma o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges.
”A precisão gerada pelo estudo geofísico dos modelos desenvolvidos com estas novas tecnologias aumenta a probabilidade de sucesso na hora de escolher uma área e prever o comportamento da rocha durante a perfuração de um poço”, acrescenta.
A perfuração de um poço, vale lembrar, pode custar aos cofres da companhia uma cifra entre US$ 70 milhões e US$ 100 milhões – o que gera uma grande demanda pela precisão e assertividade nas decisões da Petrobras.
Assim, com o computador de alta performance a petroleira espera aperfeiçoar a leitura de dados pelo processamento de imagens e acelerar a tomada de decisões, reduzindo o tempo entre a identificação de uma jazida e a perfuração em si.
Petrobras aumentou investimento em pesquisa e tecnologia
A previsão é de que o Gaia entre em operação no primeiro trimestre deste ano no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras, o Cenpes, localizado na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro (RJ).
Conforme o plano estratégico da companhia apresentado no segundo semestre de 2022, a Petrobras aumentou em 30% seu orçamento para a área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), para US$ 2,1 bilhões.