A Petrobras (PETR4) anunciou nesta sexta-feira (7) as 23 startups vencedoras do 4º edital do Módulo Startups, do Programa Petrobras Conexões para Inovação, em parceria com o Sebrae.
A seleção, em nível nacional, recebeu propostas nas áreas de: robótica, redução de carbono, tecnologias digitais, corrosão, modelagem geológica e tecnologias de inspeção.
O início dos projetos está previsto para dezembro.
As empresas vencedoras recebem valores de até R$ 500 mil para os desafios tecnológicos soft tech, baseados em softwares eventualmente integrados a plataformas de hardware já maduras, ou até R$ 1,5 milhão para os deep tech, que envolvem pesquisa avançada, incluindo as baseadas em software de alto desempenho, novas plataformas de hardware e novos materiais.
Nos últimos três anos, a companhia investiu cerca de R$ 36 milhões no Módulo Startups do programa Petrobras Conexões para Inovação. Esse módulo contribui para o desenvolvimento de tecnologias e serviços inovadores, acelerando a incorporação de inovações na empresa.
Nas edições anteriores foram selecionadas 37 empresas para desenvolvimento de soluções, aproximando as startups das demandas da indústria de óleo e gás.
Segundo a Petrobras, as empresas vencedoras recebem investimento financeiro e mentoria para qualificarem suas soluções e evoluírem seus modelos de negócios. Ao final do desenvolvimento dos projetos, existe a possibilidade das empresas se tornarem fornecedoras da Petrobras, com potencial de escalar na indústria nacional e internacional.
O Programa Petrobras Conexões para Inovação abriga oito diferentes módulos: Startups, Parcerias Tecnológicas, Transferência de Tecnologias, Aquisição de Soluções, Ignição, Encomendas Tecnológicas, Open Lab e Residentes.
A Petrobras tem, atualmente, uma carteira de mais de R$ 3 bilhões contratada, com mais de 150 parceiros tecnológicos, nas diversas modalidades de contratação e acordos de cooperação, informou a companhia.
Especialistas veem limite para Petrobras adiar novos reajustes
O aumento do preço do petróleo traz mais um estresse para os dias que antecedem o segundo turno das eleições presidenciais, enquanto a Petrobras é pressionada pelo governo a segurar novos reajustes no mercado interno.
Na avaliação de especialistas, se o barril da commodity ultrapassar os US$ 100, a defasagem em relação aos preços internacionais ficará insustentável e será inevitável um novo reajuste da Petrobras no preço da gasolina e do diesel.
A mudança de rota acontece em um momento sensível para o mercado de diesel, cuja projeção de déficit no País aumentou de 33 milhões para 115 milhões de litros no mês de outubro, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP).
A entidade avalia, no entanto, que o mercado será abastecido com os estoques feitos pelas distribuidoras e pelas produtoras brasileiras, inclusive a Petrobras, que aumentaram os volumes armazenados após o alerta para um possível racionamento no País em pleno período eleitoral.
Na quarta-feira, 5, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou sua produção em 2 milhões de barris por dia, o que deve manter os preços sob pressão. Ontem, o barril do tipo Brent (referência para o Brasil) subiu 1,12% e chegou a US$ 94,42.
De acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, até o teto de US$ 95 o barril a Petrobras não teria razão para mexer nas suas tabelas, pois a diferença seria pequena em relação ao mercado internacional.
Mas, se ultrapassar os US$ 100, será difícil justificar a manutenção dos preços.
Ele explica que, diferentemente do ocorrido no início do ano, quando os combustíveis tiveram de ser reajustados, o dólar está menos valorizado ante o real, e somente uma alta mais expressiva da commodity pressionaria a Petrobras a realizar novos aumentos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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