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Petrobras (PETR4) sobe antes do balanço do 2T23, em dia de alta do petróleo

Petrobras (PETR4)

Petrobras (PETR4). Foto: Agência Brasil

Petrobras (PETR4) fechou em alta nesta quinta (3), dia em que a estatal divulga os resultados dos segundo trimestre de 2023. O avanço da Petrobras ajuda limitar a baixa do Ibovespa em sessão marcada pela cautela de investidores um dia após a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

As ações preferenciais PETR4 subiram 1,28%, cotadas a R$ 30,92, enquanto as ordinárias PETR3 ganham 1,42%, a R$ 34,32.

Os papéis ampliaram a alta com o avanço do prelo do petróleo nesta quinta.

O petróleo fechou em alta de 2% nesta sessão, com a perspectiva de cortes na produção da Arábia Saudita e da Rússia, o que fortalece a expectativa por restrição da oferta.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 2,59% (US$ 2,06), a US$ 81,55 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), registrou ganho de 2,33% (US$ 1,94), a US$ 85,14 o barril.

A Arábia Saudita vai estender o corte voluntário de 1 milhão de barris por dia (bpd) por pelo menos mais um mês, com possibilidade de prolongamento do prazo ou de ampliação do volume, segundo notícia da imprensa estatal saudita. Já a Rússia deverá cortar exportações em 300 mil bpd em setembro, reportou a Alarabiya citando o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak.

“A questão-chave para o preço do Brent era se a Arábia Saudita e a Rússia aumentariam a produção ou estenderiam seus cortes unilaterais até setembro. Eles responderam isso hoje”, comentou Rick Joswick, da S&P Global Commodity Insights.

Também esteve no radar a notícia da Associated Press de que os Estados Unidos estão considerando colocar tropas armadas em embarcações comerciais que navegam pelo Estreito de Ormuz. O objetivo seria tentar inibir as supostas apreensões de navios petroleiros pelo Irã.

Presidente da Navellier, Louis Navellier citou ainda novos problemas técnicos enfrentados pela estatal mexicana Pemex, ao comentar os drivers influenciando a alta da cotação da commodity. Um terminal de exportação de petróleo foi fechado nessa semana por causa de um vazamento de petróleo, de acordo com a Bloomberg.

“A Pemex vem enfrentando uma série de desafios operacionais, incluindo o recente fechamento de seu terminal Salina Cruz no mês passado e uma explosão em uma plataforma de gás da empresa que resultou em duas mortes”, afirma Navellier.

Petrobras (PETR4): lucro do 2T23 deve encolher

 O resultado do segundo trimestre da Petrobras (PETR4) deve ser sólido, apesar de uma menor produção registrada no segundo trimestre, segundo analistas. O lucro da estatal, no entanto, deve encolher – mas a nova política de dividendos pode garantir pagamento robusto, preveem especialistas.

Em relatório, analistas do BTG Pactual pontuaram que os dados de produção de vendas da Petrobras destacam a nova estratégia de precificação de combustível da empresa. Para o banco, preços menores da estatal em relação à paridade de importação no segundo trimestre reforçam a vantagem competitiva do combustível fóssil sobre o etanol, apesar dos desinvestimentos de ativos.

“Com visibilidade sobre a rentabilidade atual do negócio de refino ainda baixo, acreditamos que as margens do segmento serão um dos principais focos do mercado, possivelmente proporcionando uma melhor avaliação da gestão quanto ao crescimento da quota de mercado”, disseram.

No segundo trimestre, a empresa registrou uma produção total, em média, de 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia equivalente (boe, petróleo e gás natural), uma queda de 0,5% na comparação com o mesmo trimestre de 2022. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, houve queda de 1,4%.

Apesar de uma menor produção no segundo trimestre, e vários ventos contrários – como preços mais baixos do petróleo e impostos de exportação do material –, analistas do Santander esperam que a Petrobras entregue um Ebitda sólido de US$ 12,4 bilhões no período (R$ 59 bi), sustentando um dividendo robusto de US$ 3,1 bilhões (R$ 14,86 bi), assumindo que os resultados incorporam uma nova política de dividendos.

No mesmo período do ano passado, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), equivalente a uma alta de 26,8% frente aos R$ 42,8 bilhões registrados entre abril e junho de 2021.

O BTG estima que o lucro da Petrobras no 2T23 será de lucro de US$ 5,3 bilhões (R$ 25,2 bi) – ou seja o lucro da petroleira deve ter retração de 46%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, Ebitda ajustado, da Petrobras foi de R$ 98,2 bilhões no 2T22, aumento de 58,6% na comparação anual e de 26,4% frente ao 1T22.

Petrobras deve entregar números sólidos no 2T23, diz Itaú BBA

Em relatório, o Itaú BBA avaliou que a estatal deve entregar fortes resultados no 2T23, sustentada por sólidos números operacionais e um ambiente de preços que se mantém elevado para o petróleo e derivados. 

Ainda de acordo com o banco, a queda na produção média no primeiro trimestre ocorreu principalmente devido a um maior volume de perdas com paradas e manutenções, declínio natural de campos maduros e desinvestimentos. 

Em linha com o Santander, os analistas do Itaú BBA estimam que a Petrobras reporte US$ 12,4 bilhões (R$ 59 bi) em Ebitda para o trimestre, uma queda de 14% em relação ao trimestre anterior, devido a menores preços de petróleo e margens de refino. 

O BBA estima lucro líquido de US$ 6,07 bi (R$ 29 bi), queda de 44% na comparação anual.

Também no relatório, o banco enxergou que o aumento das vendas de gasolina pela companhia no período decorreu principalmente da maior competitividade frente às principais alternativas de abastecimento.

Ao todo, entre os meses de abril e junho, as vendas de gasolina da Petrobras subiram 15,7% na base anual, considerando ganho de participação da gasolina sobre o etanol hidratado no abastecimento dos veículos flex, assim como do aumento do mercado ciclo Otto.

Com Estadão Conteúdo

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