O Senador Jean-Paul Prates (PT-RN) é um dos nomes mais cotados para assumir a presidência da Petrobras (PETR4) em 2023.
O plano da gestão de Lula (PT), eleito no domingo (30), é de inserir a empresa de forma mais intensa no universo de energias renováveis. O Senador Prates é cotado para a presidência da Petrobras por ter sido um dos parlamentares que protagonizou o marco regulatório da geração de energia eólica offshore.
Além disso, ele poderia vir a assumir o Ministério de Minas e Energia (MME).
Prates é economista e advogado, e trabalhou com consultoria e trabalhou por três décadas no segmento de óleo e gás antes de entrar para a política.
Ele integrou a antiga Petrobras Internacional (Braspetro), nos anos 1980, e participou da elaboração da Lei Petróleo, em 1997.
Na campanha de Lula, assessorou o petista nos temas relativos ao petróleo e a energia. Além disso, integraram esse grupo o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Magda Chambriard ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), além de especialistas de universidades e do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), ligado à Federação Nacional dos Petroleiros (FUP).
A FUP, vale destacar, disse que espera que Lula coloque um ‘freio na privatização da Petrobras’.
A expectativa é de que a Petrobras aumente sua produção de gás natural como uma ‘ponte’ para a transação energética que visa o Hidrogênio. Enquanto isso, as refinarias seriam convertidas para produtoras de biocombustíveis.
Lei das Estatais não deve barrar Senador na Petrobras
Apesar das especulações, a Lei das Estatais não deve barrar a indicação de Prates à Petrobras. Isso, pois seu mandato no Senado Federal finda ainda neste ano.
Ou seja, em 2023 ele não estaria enquadrado como uma indicação política segundo a legislação, podendo assumir a estatal.
A ideia da gestão Lula é de encampar a União, o governo, como o novo acionista que dá a diretriz da empresa. “Hoje a Petrobras é a ordenhadeira do pré-sal, é preciso ter uma visão mais ampla e de longo prazo”, disse uma fonte da campanha de Lula ao Valor Econômico.