Em seu relatório mais recente sobre a Petrobras (PETR4), o Santander elevou a recomendação para a empresa de neutra para compra, com o preço-alvo saindo de R$ 43 para R$ 54.
Os principais argumentos para os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz elevarem suas perspectivas sobre a empresa são a estrutura de capital e o potencial pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras.
Eles avaliam que o plano estratégico 2025-2029 da empresa pode afastar preocupações anteriores sobre uma estrutura de capital excessivamente rígida, por meio do ajuste no teto da dívida bruta e uma maior clareza sobre a posição de caixa mínima.
Além disso, a casa acredita que o novo plano pode ajustes o capex para o ano que vem, o que, na visão do banco, seria mais um ponto positivo.
O Santander estima um potencial de US$ 3,5 bilhões em pagamentos extraordinários de dividendos da Petrobras em 2025, o que elevaria o dividend yield do ano que vem para 12%.
A casa também destaca que as ações da Petrobras estão sendo negociadas a um múltiplo de 3,6 vezes valor da empresa sobre o Ebitda, o que representa um desconto de 25% em comparação com a média histórica de 10 anos.
“O sólido momentum apoiado por uma recuperação gradual na produção no 2º semestre de 2024 e potencial de licenciamento de margem Equatorial, o que apoia nossa visão otimista”, diz o Santander.
Nesta semana, o Morgan Stanley já havia elevado a sua recomendação para a Petrobras, com argumentos parecidos com os do Santander.
A casa destacou que a a tese de investimento na empresa segue calcada na remuneração aos acionistas. E nesse sentido, os analistas se mostram otimistas com os dividendos extraordinários da Petrobras.
O Morgan Stanley, contudo, tem uma projeção ainda mais ousada do que a do Santander. Eles estimam US$ 7 bilhões em proventos extraordinários da Petrobras até 2025.