Após a notícia sobre a oferta não vinculante da Petrobras (PETR4) por uma fatia no bloco exploratório de petróleo e gás Mopane, na Namíbia, o BTG Pactual emitiu um novo relatório sobre a estatal. E apesar de manter recomendação de compra, os analistas enxergam um aumento dos riscos na ação.
A casa afirma que, tendo em vista o “fraco” histórico da Petrobras em águas estrangeiras, bem como a preocupação acerca da alocação de capital da empresa, os investidores tendem a não receber bem a notícia.
Por outro lado, os analistas pregam cautela até que a Petrobras forneça mais dados sobre os seus objetivos no bloco de Mopane.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de US$ 19 para os ADRs negociados em Nova York.
Apesar de se manterem compradores, os analistas chamam a atenção para os possíveis riscos envolvendo os dividendos da Petrobras no curto prazo.
A casa destaca que suas previsões de capex podem estar exageradas e as estimativas de produção, conservadoras. No entanto, dizem que os riscos de fusões e aquisições têm aumentado nas últimas semanas, não só com a possível compra da participação em Mopane, mas também com a potencial recompra da refinaria de Mataripe.
“Embora nosso modelo já inclua US$ 2 bilhões em fusões e aquisições, a conclusão dessas transações provavelmente traria um maior risco para as nossas previsões de pagamento, com os investidores também exigindo um maior prêmio de risco para deterem as ações”, diz o relatório.
Os analistas reforçam que, embora continuem recomendando compra para os papéis da Petrobras, já estão se questionando se uma combinação de menos excessos e gatilhos de crescimento de produção mais fortes no curto prazo podem tornar a PRIO uma empresa mais atraente nos próximos 12 meses.
Desempenho das ações da Petrobras (PETR4)
Confira o desempenho dos papéis da Petrobras (PETR4) nos últimos 30 dias:
Cotação petr4