A Petrobras (PETR4) informou, na noite da última segunda-feira (14), que revisou seu portfólio do segmento de Exploração & Produção (E&P), passando a focar em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra-profundas. A revisão procura ajustar a posição da estatal em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Segundo o documento publicado, a revisão da Petrobras está de acordo com as premissas de preço divulgadas nos números do primeiro trimestre deste ano. Também foram considerados os objetivos em desalavancagem, atingindo a meta de dívida bruta de US$ 60 bilhões em 2022; foco na resiliência, priorizando projetos com breakeven de preço de Brent de no máximo US$ 35 por barril; e revisão de toda a carteira de investimentos e desinvestimentos.
A petroleira também estima um Capex entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões para o período entre 2021 e 2025, frente à estimativa de investimento de US$ 64 bilhões anunciados no Plano Estratégico de 2020-2024.
“Além do efeito da desvalorização do real, destacam-se: otimização no investimento exploratório, mantendo os compromissos acordados com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Capex evitado associado aos desinvestimentos e revisão da carteira de investimentos, considerando otimizações, postergações e cancelamentos”, justifica a companhia.
O plano da estatal faz com que Búzios e os demais ativos do pré-sal passem a ter uma importância ainda maior na carteira da empresa, equivalendo a aproximadamente 71% do investimento total do E&P para 2021-2025, contra 59% no Plano Estratégico de 2020-2024.
“Os investimentos nesses ativos de classe mundial, nos quais somos o dono natural, estão em linha com nossos pilares estratégicos, sendo resilientes a preços mais baixos de óleo”, aponta a empresa. “Com a revisão de portfólio, a Petrobras decidiu incluir novos ativos na sua carteira de desinvestimentos”, salientou a companhia, sem apresentar maiores detalhes.
Petrobras inicia fase vinculante para venda de elétricas
A Petrobras comunicou, na última sexta-feira (11), que deu início da fase vinculante referente à venda de sua participação em cinco sociedades de geração de energia elétrica.
De acordo com o comunicado da empresa, os potenciais compradores classificados para a fase vinculante receberão carta-convite com as instruções detalhadas sobre o processo de desinvestimento, “incluindo orientações para a realização de due dilligence para o envio das propostas vinculantes”. As cinco sociedades de geração de energia são:
- Brasympe Energia;
- Energética Suape II;
- Termoelétrica Potiguar (TEP);
- Companhia Energética Manauara (CEM);
- Brentech Energia;
“Essas operações estão alinhadas à estratégia de otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor para os seus acionistas”, informou a Petrobras.
Com informações do Estadão Conteúdo.