A Petrobras (PETR4) apresentou ontem um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) referente ao primeiro trimestre deste ano de R$ 48,949 bilhões, 30,5% superior ao mesmo período de 2020, devido a maiores preços de petróleo e derivados. Na leitura da equipe de research do Safra, os números demonstraram o “resultado positivo das iniciativas adotadas nos últimos trimestres.”
A receita da companhia R$ 86,174 bilhões entre janeiro e março, uma alta 14,2% em comparação com mesmo período de 2020, conforme a valorização de 38% nos preços do petróleo Brent. O lucro da Petrobras ficou em R$ 1,167 bilhão, pressionado pelo impacto da variação cambial e por despesas financeiras.
O custo de extração foi de US$ 6,7 por barril de óleo equivalente (boe), uma cifra 11% inferior ao três primeiros meses de 2020, em razão da desvalorização do real, da hibernação de plataformas de águas rasas, de desinvestimentos e da entrada em operação da plataforma P-70.
Na análise do Safra, o “trimestre também mostrou a continuação de tendências positivas nos custos de extração e endividamento”. A dívida líquida da Petrobras somou US$ 58.424 bilhões no final do trimestre, redução de 7,5% sobre os US$ 63,168 bilhões na comparação anual.
A relação dívida líquida / Ebitda ajustado diminuiu de 2,22x em 31 de dezembro de 2020 para 2,03x em 31 de março de 2021, a melhor marca registrada desde 2012.
“Os números da Petrobras (PETR4) demonstram o resultado positivo das iniciativas adotadas nos últimos trimestres. Se os atos da nova administração confirmarem seu discurso de manutenção de tais iniciativas, as preocupações com a interferência política na empresa podem ser reduzidas e o preço das ações pode responder positivamente”, avaliaram os analistas do Safra.
Segundo eles, o principal risco de investimento está associado à interferência política.
A equipe manteve recomenda de Compra, com preço-alvo de R$ 29,50.
Última cotação de Petrobras
A ação ordinária da Petrobras encerrou o pregão em forte alta de 5,16%, a R$ 26,28.