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Petrobras (PETR4): BBA reforça ‘compra’ de olho em dividendos

Petrobras (PETR4). Foto: iStock.

Petrobras (PETR4). Foto: iStock.

O Itaú BBA emitiu um novo relatório sobre a Petrobras (PETR4), incorporando o novo plano estratégico 2025-2029 da estatal e as projeções macroeconômicas mais recentes da equipe econômica da casa.

A recomendação de outperform (compra) para as ações da Petrobras foi mantida, com preço-alvo de R$ 48 para as ações PETR4 ao final de 2025.

O relatório destaca o forte potencial de geração de caixa livre e a atratividade dos dividendos da Petrobras. A casa estima um retorno de 14% no próximo ano, sendo que desses, 12% dizem respeito aos ordinários.

Capex Reduzido em 2025 e 2026

O plano estratégico da Petrobras prevê investimentos totais de US$ 98 bilhões nos próximos cinco anos, dos quais cerca de US$ 28,5 bilhões estão associados a contratos de leasing.

O capex efetivo previsto foi ajustado para US$ 13,6 bilhões em 2025, abaixo da expectativa anterior de US$ 16,2 bilhões. Para 2026, a estimativa caiu de US$ 18,9 bilhões para US$ 15 bilhões, refletindo ajustes nas prioridades do portfólio em execução.

Produção de Petróleo mantida

O banco manteve sua curva de produção de petróleo pela PETR4 inalterada, com projeções de 2,3 milhões de barris por dia (mbpd) em 2025, 2,4 mbpd em 2026 e estabilidade em 2,5 mbpd até 2029, alinhada ao plano de investimento da Petrobras.

O cronograma de entrada em operação de novas plataformas (FPSOs) também foi atualizado, com a adição de quatro FPSOs para 2030, em comparação com apenas um no modelo anterior. Após 2030, o banco assume a entrada de um sistema de produção de 150 mil barris por dia anualmente.

Dividendos atrativos e sustentáveis

O relatório indica que a Petrobras deverá pagar dividendos ordinários de US$ 10,7 bilhões em 2025, correspondendo a um retorno de 12%. Além disso, o Itaú BBA projeta a possibilidade de dividendos extraordinários de US$ 1,7 bilhão, equivalente a um retorno adicional de 2%.

Essa perspectiva é baseada em uma avaliação de 24 meses das necessidades de caixa da empresa e dos limites máximos de endividamento bruto (US$ 75 bilhões) e mínimos de caixa (US$ 6 bilhões).

Estimativas macroeconômicas atualizadas

As projeções macroeconômicas foram ajustadas, com o preço médio do barril de petróleo Brent revisado para US$ 72 em 2025, uma redução em relação aos US$ 77 anteriormente previstos. Para 2026, a estimativa caiu de US$ 72 para US$ 70. Já o câmbio foi revisto para R$ 5,70 por dólar ao final de 2025 (de R$ 5,50) e R$ 5,80 ao final de 2026 (de R$ 5,60).

Perspectiva geral

Com foco em maior eficiência nos investimentos, previsões estáveis de produção e a continuidade de um robusto pagamento de dividendos, a Petrobras segue como uma recomendação sólida para investidores que buscam exposição no setor de energia com forte potencial de retorno, diz o relatório. O Itaú BBA reforça a confiança na estatal, apesar de ajustes macroeconômicos e de preços de petróleo menos favoráveis.

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