A Petrobras (PETR4) reiterou, por meio de comunicado ao mercado divulgado no último sábado (23), sua intenção de ingressar no segmento de etanol.
A entrada da companhia nesse setor se dará, preferencialmente, por meio de parcerias estratégicas minoritárias ou com controle compartilhado com nomes relevantes do setor, afirma a PETR4.
Com a inclusão do segmento no novo plano estratégico da Petrobras, a companhia afirma que serão analisadas possibilidades de negócios e prospectados potenciais parceiros.
“Após essas etapas preliminares, a efetiva entrada da Petrobras nos negócios de etanol estará sujeita à dinâmica das negociações com os potenciais parceiros e a evolução do mercado brasileiro, além dos procedimentos e aprovações corporativas aplicáveis aos investimentos da Petrobras”, diz a empresa.
Em seu relatório mais recente sobre a Petrobras, o BTG Pactual afirma que os investimentos em etanol podem gerar retornos inferiores ao core business de exploração e produção.
“O mercado considera que esses recursos seriam mais bem alocados como dividendos, permitindo que acionistas decidam investir em empresas especializadas em renováveis”, explica a casa.
Por isso, entre os principais riscos para a tese da estatal, os analistas citam as possíveis interferências políticas e a má alocação de capital.
Mesmo assim, o BTG Pactual se mantém otimista com as ações da Petrobras, colocando os ativos como uma das principais recomendações no setor energético global.
“Apesar do desconto de 20% em relação aos pares globais no múltiplo EV/EBITDA, combinado com um prêmio de 4 pontos percentuais no retorno total ao acionista, ainda há espaço para a valorização das ações. A Petrobras segue como uma das principais recomendações no setor energético global”, diz o BTG, que recomenda compra para os papéis, com preço-alvo de US$ 19 para as ADRs.
Por volta das 11h desta segunda-feira (25), as ações da Petrobras subiam 0,61% no Ibovespa, cotadas a R$ 39,66. Em 2024, os papéis acumulam alta na casa dos 19%.
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