Em mais um esclarecimento oficial, a Petrobras (PETR4) reafirmou que é “inverídica a afirmação de que houve qualquer promessa de pagamento de dividendos extraordinários”.
Em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários nesta segunda-feira (18), a estatal de petróleo reforça que é falsa a informação de que ela haveria firmado esse compromisso durante o evento Deep Dive, realizado em 30 e 31 de janeiro deste ano, em Nova York.
Parte da expectativa do mercado se deu, pois, na página 99 da apresentação fornecida pela empresa no evento, constava que “a remuneração dos acionistas segue o mesmo espectro decisório desde 2021”, ano em que teve início o ciclo de pagamento de dividendos extras da Petrobras.
Esta já é a terceira vez que os boatos de dividendos da Petrobras (PETR4) são desmentidos pela companhia, que já havia se manifestado sobre o tema nos dias 12 e 15 de março.
Dividendos da Petrobras (PETR4) são cobrados por acionistas
Segundo a PETR4, o material apresentado no encontro com analistas e investidores não sinaliza o pagamento de dividendos extraordinários.
“A parte da apresentação que cita o processo de dividendos contém informações públicas sobre parâmetros, diretrizes e o processo que suporta as decisões de remuneração do acionista”, diz a companhia em comunicado.
O material está disponível no site de investidores da companhia, bem como na CVM e na SEC, a CVM dos Estados Unidos, para investidores da Petrobras no exterior.
Na apresentação, a companhia apresentou o processo (framework) de divisão dos proventos, que leva em conta fatores como:
- Resultados;
- Condição financeira;
- Necessidades de caixa;
- Perspectivas de mercado atual e potencial;
- Oportunidades de investimento.
“Manter o mesmo processo de análise de tais variáveis não configura promessa ou sinalização de pagamento, sendo que tais eventos estão sujeitos a uma série de riscos e incertezas”, defende a Petrobras.
Analistas e bancos se “anteciparam” nas projeções de dividendos da PETR4
Além disso, a companhia reforça que as projeções de dividendos extraordinários de PETR4 por analistas de bancos já eram feitas antes mesmo do evento realizado em janeiro. “Importante destacar que a companhia não tem controle sobre as publicações de tais analistas, nem o conteúdo”, diz o comunicado.
“A proposta da Diretoria Executiva de distribuir 50% do montante que foi destinado à reserva como dividendos extraordinários foi suportada por documentos preparados pelas áreas técnicas conforme processo previsto pela governança da Petrobras,” afirma a petroleira.
Seguindo o lema do mercado de que lucros passados não são garantia de rendimentos futuros, a Petrobras retoma que em 2022, condições externas favoráveis também impulsionaram um pagamento mais lustroso de dividendos. Entretanto, estes não constituem regra e não são parâmetro para manutenção dos mesmos valores.
“Não procede a suposição ou afirmação de que o não atendimento dos referidos parâmetros em 2023 tenha sido apontado pela área técnica como impeditivo à proposta de pagamento de dividendos extraordinários, uma vez que em 2023 temos um cenário diferente”, retoma a Petrobras.
Diante de um cenário diferente em 2023, a Petrobras destaca que a decisão sobre o pagamento de dividendos extraordinários seguiu a governança prevista. “A matéria é de competência do Conselho de Administração, que apreciou e decidiu, no dia 07/03, sobre a proposição de dividendos à Assembleia Geral de Acionistas”, conclui o comunicado.