Petrobras (PETR4) pretende cortar funcionários para 30 mil pessoas
A Petrobras (PETR4) informou nesta segunda-feira (13) ao jornal “Valor Econômico” que pretende reduzir o número de funcionários para um total de 30 mil pessoas.
Atualmente, a companhia estatal possui cerca de 45,5 mil funcionários. Dessa maneira, caso seja levada a cabo, a decisão da Petrobras resultaria em um corte de 34%.
De acordo com a empresa, a expectativa é de que a redução seja atingida a partir do desligamento de quase 10 mil trabalhadores pelo programa de demissão voluntária (PDV) e de outros funcionários por meio do plano de desinvestimentos.
A petroleira salientou que existe um programa de demissão voluntária específico para este público no momento do fechamento da operação de venda.
No que tange aos cerca de 10 mil funcionários inscritos nos PDVs e no plano de aposentadorias incentivadas (PAI), a companhia comunicou no início de julho que espera uma diminuição de custo de pessoal até o ano de 2025 por volta de R$ 4 bilhões por ano.
A Petrobras informou também que o retorno adicional, custo evitado de pessoal de R$ 22 bilhões menos o desembolso com as indenizações de R$ 4 bilhões, será de aproximadamente R$ 18 bilhões até 2025.
Ao mesmo tempo, o plano de aposentadorias incentivadas foi aprovado pelo pelo conselho de administração da empresa no último dia 8 de abril. O PAI será voltado para trabalhadores aposentáveis com vigência até 31 de dezembro de 2023.
Petrobras já garantiu liquidez para combater crise, diz Moody’s
Os analistas da agência de classificação de risco Moody’s avaliaram que a Petrobras já assegurou financiamentos suficientes para enfrentar a crise do coronavírus. Os especialistas esperam que a companhia não deve enfrentar problemas de liquidez nos próximos trimestres.
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Segundo os analistas, a companhia brasileira ainda possui US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,35 bilhões) disponíveis da linha de crédito sacada junto a bancos.
“Nós não esperamos que a Petrobras precise de financiamento externo adicional (a esses valores)”, apontou a Moody´s, que citou cortes de despesas anunciados pela empresa e o adiamento dos dividendos até o final de 2020.