Petrobras (PETR4): banco corta recomendação e preço-alvo. E a projeção de dividendos?
A Petrobras (PETR4) teve a recomendação de compra para as suas ações preferenciais rebaixada pelo Itaú BBA na noite desta segunda-feira (29).
A Petrobras perdeu a indicação de outperform (equivalente a compra) e ganhou a de marketperform (equivalente a neutra), além de encarar uma redução no preço-alvo de suas ações de R$ 43 para R$ 38.
Para os o time de analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello, desde o início da cobertura da empresa por parte da casa em junho, mudanças importantes no cenário macro tornaram o cenário desafiador para a petroleira.
A distribuição de dividendos da Petrobras, muito acima do esperado, e uma acomodação de preços internacionais levaram a mudanças na dinâmica de precificação doméstica para a empresa.
Apesar do impacto das mudanças, Itaú BBA ainda espera que a companhia apresente resultados fortes e fundamentos sólidos nos próximos meses, que devem ser marcados pela volatilidade.
Mais proventos da Petrobras no segundo semestre – só que menores
O Itaú BBA projeta um pagamento de dividendos no valor de R$ 4,7 por ação da Petrobras no segundo semestre de 2022, o que resulta em um dividend yield de cerca de 7% por trimestre. No segundo trimestre a estatal distribuiu R$ 49,7 bilhões aos acionistas, R$ 6,732 por ação, pagos em duas parcelas.
O primeiro trimestre da empresa foi marcado por uma forte geração de caixa e pagamento de proventos. Os time de analistas espera uma geração mais modesta da petroleira até o fim do ano, devido a preços menores do petróleo e derivados, paradas de manutenção afetando os níveis de produção e menor entrada de caixa na venda de ativos.
BBA estima lucro e Ebitda
O lucro líquido da Petrobras projetado pelo BBA para 2022 é de R$ 188,8 bilhões, aumento de 31% ante as estimativas iniciais, de R$ 144,2 bilhões.
Para a receita líquida, a casa elevou as projeções em 17,5%, passando para R$ 649,2 bilhões no acumulado anual.
A estimativa para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Petrobras subiu para R$ 343,6 bilhões ante R$ 293,3 bilhões.