Petrobras (PETR4): de olho em reajuste, Citi reforça ‘neutra’

Em seu mais recente relatório sobre a Petrobras (PETR4), o Citi reiterou recomendação “neutra” para as ações da estatal, com preço-alvo de US$ 15 para as ADRs negociadas em Nova York.

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Os analistas levantam a discussão acerca da possibilidade da companhia reajustar o preço dos combustíveis, tendo em vista a oscilação do petróleo Brent no mercado internacional, bem como a escalada recente do dólar frente ao real.

Segundo a casa, mesmo com a potencial queda nos preços do petróleo nos próximos meses, a PETR4 provavelmente não reduzirá os preços dos combustíveis, tendo vem vista que uma taxa de câmbio mais elevada tende a compensar e eventual baixa da commodity.

Diante disso, o Citi optou por manter a recomendação neutra para as ações da Petrobras. Apesar disso, os analistas dizem ter uma visão positiva de curto prazo sobre a estatal.

Entenda a discussão acerca do preço dos combustíveis

Alimentada pela escalada do dólar, a defasagem entre os preços praticados pela Petrobras em suas refinarias e as cotações internacionais dos derivados de petróleo acelerou nos últimos dias, mas isso não coloca a empresa na rota do reajuste, sugerem fontes da empresa e analistas.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço do diesel da Petrobras está 16% ou R$ 0,56 por litro abaixo do praticado no mercado internacional.

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Na sexta-feira passada, havia alcançado 19%, nível observado pela última vez em 3 de julho do ano passado. À época, a estatal não reajustou os preços do combustível.

A defasagem da gasolina da Petrobras medida pela Abicom está em 11% ou R$ 0,32 por litro atualmente. Mas, da última vez em que a companhia aumentou o preço do combustível, em julho do ano passado, os preços estavam cerca de 20% menores que os praticados no exterior.

Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em 31 de dezembro, o diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, indicou não haver inclinação em mexer nos preços no momento. Questionado sobre o efeito dólar sobre os preços da estatal, ele disse “não haver correria para reajustar”. “Consideramos que não há necessidade de ajuste de preço. A gente está num patamar confortável e seguindo a política de comercialização”, afirmou.

Com Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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