A Petrobras (PETR4) reafirmou na noite deste sábado (29) a sua política de preços. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal reforçou que “monitora permanentemente o mercado e, a partir de uma percepção de realinhamento de patamar, seja de câmbio, seja de cotações internacionais de petróleo e derivados, realiza reajustes de preço”.
“Os estudos e monitoramentos elaborados pelas áreas técnicas de comercialização da Petrobras suportam a tomada de decisão e a proposição de reajustes de preço, sendo observado permanentemente o ambiente de negócios e o comportamento dos seus competidores, visando um posicionamento competitivo adequado”, prossegue a companhia no texto.
A reafirmação da política ocorre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que a estatal estaria realizando estudos para que exista “previsibilidade no aumento” dos combustíveis.
A apoiadores, o chefe do Planalto disse que a medida não significa uma ingerência sobre a empresa. Contudo, em seguida, criticou a atual política de preços da estatal e, ao comentar a demissão do ex-presidente da petroleira Roberto Castello Branco, disse: “eu troquei o comando da Petrobras. No começo foi um escândalo, interfere. É para interferir mesmo, eu não sou o presidente?”.
Petrobras: PEB é condenada a pagar US$ 61,1 milhões em indenização
A Petrobras Bolivia (PEB), subsidiária integral da Petrobras (PETR4), foi condenada em primeira instância, na sexta-feira (28), a pagar US$ 61,1 milhões (cerca de R$ 319,553 milhões), acrescida de juros e custas, em indenização pelo uso de propriedade onde estão localizadas as instalações do campo San Alberto.
Em fato relevante divulgado nessa sexta-feira (28), a Petrobras afirma que a sentença também impôs medidas cautelares contra a PEB.
“Na decisão judicial, um suposto proprietário da área ocupada pelo bloco San Alberto foi contemplado com uma indenização por uso da propriedade, calculada a partir de 1996, quando as operações do bloco foram iniciadas”, explica a estatal.
No entanto, a companhia lembra que desde o início das atividades no bloco, a PEB celebrou acordos de servidão com diversas comunidades camponesas que eram legítimas proprietárias dessas terras, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária da Bolívia (INRA) à época.
Frente a isso, a PEB recorreu à instância superior, o Tribunal Agroambiental de Sucre, onde o caso está sendo avaliado. “A Petrobras espera que o Tribunal reverta a decisão. A companhia entende que ocorreram irregularidades durante o processo e a PEB se defenderá vigorosamente em todas as instâncias”, aponta o documento.
(Com Estadão Conteúdo)