O diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras (PETR4), Claudio Romeo Schlosser, declarou que a estatal não irá ‘antecipar decisões’ sobre o preço dos combustíveis.
A declaração do diretor da Petrobras vem em um cenário em que a cotação do petróleo soma volatilidade. Nas últimas semanas o preço da commodity, inclusive, chegou ao seu menor patamar desde dezembro de 2021, perdendo os US$ 70 por barril.
“O reajuste de combustíveis não depende só da cotação do petróleo. A nossa estratégia comercial leva em consideração, efetivamente, os nossos ativos, a nossa logística, que nós consideramos dentro da nossa análise”, disse Schlosse.
“E, também, levamos em consideração as cotações internacionais”, completou, em fala durante um evento do setor de petróleo no Rio de Janeiro.
O executivo frisou que o “cenário é volátil” e que atualmente a empresa “coteja com a estratégia e o market share.
Assim, ressaltou que o objetivo fundamental da PETR4 é blindar o mercado interno da volatilidade internacional.
O executivo ainda destacou que no segundo semestre a oferta de diesel russa deve passar por uma queda, ao passo que a do Golfo terá um aumento.
“Estamos mais uma vez naquele período da volatilidade, o mercado está bastante volátil, ele oscila”, declarou.
Política de preços da Petrobras
Atualmente a política de preços da Petrobras é uma estratégia que permite passar períodos sem reajuste e mira, mesmo assim, não ter prejuízo com isso.
Essa política substitui a antiga, de paridade de preços com a importação (PPI) – desde maio de 2023.
Desde então, a volatilidade do preço da gasolina ficou 5% abaixo da paridade internacional.
Ou seja, a nova política não necessariamente significa preços mais baixos ou mais altos, mas sim uma diretriz que prevê uma ‘demora’ a mais no repasse das oscilações do petróleo.
Consultorias mostram que há uma defasagem de cerca de um mês nesse repasse de preços pela Petrobras.