Petrobras (PETR4) recebe propostas vinculantes para quatro refinarias
A Petrobras (PETR4; PETR3) informou que recebeu propostas vinculantes para quatro refinarias: Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará, e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.
Sobre as refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, a Petrobras informou que espera receber propostas vinculantes no dia 10 de dezembro.
Já o recebimento de propostas vinculantes para as refinarias Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2021.
A Petrobras esclarece que a sistemática de desinvestimentos prevê somente a divulgação ao mercado das seguintes etapas do processo: teaser, início da fase não vinculante, início da fase vinculante, celebração de acordo de exclusividade (quando aplicável), assinatura e fechamento.
A estatal ressalta, porém, que a divulgação das propostas faz parte de seu compromisso com a transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio.
Após a notícia, as ações preferenciais (PETR4) subia a 1,24%, negociadas a R$ 26,24. Por sua vez, o Ibovespa operava 0,37%, a 112.349,63 pontos.
Petrobras continuará competitiva, diz diretora
A diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras, Anelise Lara, disse, durante debate na Rio, Oil & Gas, que a Petrobras vai continuar sendo competitiva no mercado de refino no País após a venda de oito das suas 13 refinarias.
“Continuaremos com 1,1 milhão de barris de petróleo sendo processados por dia. Já temos feito diversas ações em eficiência energética, descarbonização, transformação digital e também elaboramos produtos mais avançados”, disse Lara no painel.
Para ela, o mercado brasileiro de downstream será alterado por dois grandes movimentos. Os desinvestimentos da Petrobras de metade da sua capacidade de refino e a transição energética, que demandará novos produtos, como o diesel renovável e o BioQAV.
“Será um mercado totalmente diferente. Hoje, competimos só com os importadores, mas haverá competição também entre as refinarias. Isso trará novos players e mais investimentos em logística, tecnologia e novos produtos”, explicou a diretora da Petrobras.
Com informações do Estadão Conteúdo.