Petrobras (PETR4) se pronuncia sobre dividendos após fala de Prates e queda nos papéis

Nesta quarta-feira, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam em queda de 5,16% no Ibovespa, após o presidente da companhia, Jean Paul Prates, afirmar que a petroleira se tornaria mais cautelosa em relação à distribuição de dividendos. Mais tarde, a empresa se manifestou sobre a declaração.

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Em comunicado ao mercado, a Petrobras afirmou que “não há qualquer decisão tomada em relação à distribuição de dividendos não declarados”.

Os dividendos da Petrobras, completa a empresa, serão definidos com base na nova Política de Remuneração aos Acionistas da Companhia, que define que “em caso de dívida bruta igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor e de resultado positivo acumulado, a serem verificados no último resultado trimestral apurado e aprovado pelo Conselho de Administração, a Companhia deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre”.

No comunicado, também não foi descartada a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras. A empresa destacou um trecho da sua política de remuneração que afirma que “a Companhia poderá, em casos excepcionais, realizar a distribuição de remuneração extraordinária aos acionistas, superando o dividendo mínimo legal obrigatório”.

Por fim, a Petobras reforçou que, por meio dessa política, busca garantir sua perenidade e sustentabilidade financeira de curto, médio e longo prazos, além de conferir previsibilidade ao fluxo de pagamentos da remuneração aos acionistas.

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Petrobras (PETR4) deve ficar mais cautelosa quanto ao pagamento de dividendos, diz Prates

Em entrevista à agência Bloomberg, o diretor-presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, disse que a estatal deve ficar mais cautelosa em relação à distribuição de dividendos à medida em que aumenta investimentos em energia renovável.

O executivo destacou realizar mudanças drásticas na estratégia da Petrobras, mas afirmou que a companhia precisa estar preparada para oportunidades de aquisição em energias renováveis e petróleo, além de petroquímica e fertilizantes.

O plano da Petrobras é que em dez anos, cerca de metade do faturamento da empresa venha de fontes eólicas, solares e de combustíveis renováveis. Segundo Prates, a companhia se prepara para aquisições já neste ano.

“Acreditamos que os comentários do CEO da Petrobras poderão ser recebidos negativamente pelos investidores, já que a maioria daqueles com quem interagimos nas últimas semanas estão focados no potencial anúncio de dividendos extraordinários a ser feito em conjunto com o balanço do 4T23, em 7 de março”, disseram os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins, do Goldman Sachs (GSGI34).

O banco tem recomendação de ‘compra’ para as ações da Petrobras, com preço-alvo a R$ 48,90 para as ações ordinárias (PETR3) e R$ 44,40 para as ações preferenciais (PETR4).

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Guilherme Serrano Silva

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