A estatal petrolífera Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou ontem (27) os dados sobre sua produção de petróleo durante os três primeiros meses do ano. Entre janeiro e março, a produção de petróleo bruto da companhia caiu 5% na comparação ano a ano, para 2,196 milhões de barris por dia.
A queda da produção da Petrobras foi puxada pela venda de ativos no ano passado e no primeiro trimestre desse ano, e também pelo recuo natural de campos que já atingiram o pico de produção. Além disso, os resultados da estatal vieram em linha com o esperado pelo Goldman Sachs, conforme mostra o relatório do banco divulgado hoje (28).
Durante os três primeiros meses desse ano, a petroleira registrou, no segmento de refino, um volume de vendas 2% maior em comparação com o registrado no mesmo período do ano passado, com um aumento na venda de diesel.
Frente a isso, os analistas do Goldman Sachs acreditam que a curva de produção da empresa em 2021 “está bem mapeada pelo mercado, portanto, esperaríamos uma reação neutra a esses números”.
Bruno Amorim, Osmar Camilo e João Frizo destacam que “os investidores podem se concentrar no medidas iniciais da nova gestão ainda não anunciadas, por enquanto”.
Além disso, o relatório do Goldman Sachs vê a estatal nos estágios finais de uma reviravolta de vários anos, e até agora entregando seus alvos.
O Goldman Sachas tem classificação neutra sobre a Petrobras, sendo que a meta de 12 meses para o papel PETR3 é R$ 29,30 e para o PETR4 é R$ 26,60.
Segundo os analistas, os principais riscos da sua tese são:
- Preços Brent mais altos ou mais baixos do que o esperado
- Depreciação ou valorização do Real
- Produção superior ou inferior ao esperado
- A intervenção, ou não intervenção do governo no preço do combustível
Cotação da Petrobras
Por volta das 15h20 de hoje, a ação da Petrobras (PETR4) operava em alta de 2,64%, valendo R$ 23,71.