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Petrobras (PETR4): pressão nas margens é risco para dividendos?

Petrobras. Foto: Reprodução

Petrobras. Foto: Reprodução

Em novo relatório sobre a Petrobras (PETR4), o Goldman Sachs cita uma crescente pressão nas margens de refino da empresa, tendo em vista a alta do Brent. Mesmo assim, a casa recomenda compra para as ações, com destaque para os potenciais dividendos.

O relatório aponta que o aumento de 14% no preço do Brent desde o início de dezembro, combinado com altas de 18% e 15% nos preços do diesel e da gasolina na Costa do Golfo dos EUA, pressiona as margens de refino da Petrobras.

A manutenção dos preços internos sem reajuste ampliou essa defasagem, diz a casa, resultando em spreads mais fracos para os dois combustíveis, que representam cerca de 60% da produção de refino da empresa.

Caso as margens atuais sejam mantidas ao longo do trimestre e as outras variáveis permaneçam constantes, o Goldman Sachs estima um risco de queda de aproximadamente 7% no EBITDA ajustado consolidado da Petrobras para o primeiro trimestre de 2025.

Por outro lado, diz o relatório, apesar da pressão nas margens de refino, os ganhos no segmento de exploração e produção (upstream) devem mais do que compensar as perdas, graças aos preços mais altos do petróleo.

Se o preço médio do Brent para o trimestre for ajustado de US$ 74 por barril para US$ 81 por barril, a análise sugere uma possível alta de 3% no EBITDA consolidado da companhia, mesmo considerando a fraqueza do refino.

O relatório também destaca que o atual desconto nos preços da Petrobras pode beneficiar o ambiente comercial no primeiro trimestre, tornando as importações privadas menos atraentes e melhorando as margens dos distribuidores locais.

Por fim, o Goldman Sachs reitera sua recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), com preço-alvo de R$ 45,10.

Um dos motivos para a perspectiva positiva é o forte retorno em dividendos da Petrobras esperado para 2025, com um rendimento estimado de 14% (12% de dividendos ordinários e 2% de eventuais remunerações extraordinárias).

Por volta das 10h45 desta terça-feira (14), a Petrobras operava em queda de 0,40% no Ibovespa, com as ações PETR4 sendo cotadas a R$ 36,90.

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