A Petrobras (PETR4) confirmou nesta quarta-feira (19) que negocia o processo de desinvestimento do Polo Potiguar. Segundo o comunicado, a transação envolve a 3R Petroleum (RRRP3), que apresentou a melhor proposta, em valor superior a US$ 1 bilhão.
O Polo Potiguar abrange um conjunto de 22 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, incluindo a refinaria Clara Camarão, no estado do Rio Grande do Norte.
A companhia esclarece que a celebração da transação dependerá das aprovações corporativas, incluindo deliberação da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração da Petrobras.
A expectativa é de que a transação seja submetida à apreciação dos órgãos corporativos ainda em janeiro.
“A Petrobras reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes do projeto serão divulgadas tempestivamente”, declarou a estatal.
Petrobras venderá R$ 3,7 bilhões de ações PNA da Braskem em oferta secundária
Outro processo de desinvestimento da Petrobras esteve no radar dos investidores nesta semana: a venda da Braskem (BRKM5).
A Petrobras pretende vender um montante de 75 milhões de ações preferenciais de Classe A (PNA) da Braskem na sua oferta secundária que ocorrerá simultaneamente na bolsa brasileira e nos Estados Unidos, por meio de recibos depositários (ADRs), informou a empresa na segunda (17).
Considerando a última cotação da Braskem, aos R$ 50,35 na quarta (19), o montante total de ações representa uma cifra de cerca de R$ 3,7 bilhões. A oferta, conforme comunicado pela Petrobras, será feita em conjunto com a Novonor – ex-Oderbrecht – que também detém uma fatia do capital social da petroquímica.
No prospecto do follow-on, protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), não consta o que a estatal fará com o dinheiro que será levantado pela na oferta de ações da Braskem.
Por outro lado, a Novonor, que está em recuperação judicial, prevê utilizar uma fatia do capital que levantar para liquidar ou amortizar algumas das suas dívidas em operações com grandes bancos, como o Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11).
Neste contexto, vale destacar que as ações da Novonor estão alienadas a credores – que, por sua vez, autorizaram a B3 a fazer a transferência aos compradores. A fatia detida pela empresa é de 38,3% da Braskem, com 50,1% das ações ordinárias.
Por outro lado, a Petrobras é detentora de uma fatia de 36,1% do capital total da Braskem, com 47% das ações ordinárias.
Mesmo com a oferta, tanto a Petrobras quanto a Novonor continuarão sendo as controladoras da Braskem.