Petrobras (PETR4): novo plano prevê investimento de US$ 4,4 bilhões em energia renovável e sustentabilidade

O conselho de administração da Petrobras (PETR4) aprovou o Plano Estratégico para o quinquênio 2023-2027. Um dos temas tratados no plano é a preocupação ambiental, energia renovável e sustentabilidade.

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O novo Plano Estratégico da Petrobras, segundo a companhia, foi elaborado preservando a visão, os valores e o propósito da estatal. Além disso, as estratégias foram mantidas, com exceção daquelas relacionadas às temáticas Ambiental, Social e Governança (ASG) e Inovação, aprimoradas.

A estatal se propõe a buscar “ser a melhor empresa de energia na geração de valor, com foco em óleo e gás, sustentabilidade, segurança, respeito às pessoas e ao meio ambiente”.

Em seu plano, a Petrobras ressalta seu propósito de “prover energia que assegure prosperidade de forma ética, segura e competitiva”.

Algumas das estratégias da Petrobras que visam a prosperidade e sustentabilidade são:

  • Entregar resultados sustentáveis para uma sociedade em transição, ao atuar nos negócios com responsabilidade social e ambiental, segurança, integridade e transparência, fortalecendo o seu posicionamento em baixo carbono;
  • Maximizar o valor do portfólio, com foco em ativos de águas profundas e ultraprofundas;
  • Agregar valor ao parque de refino, com processos mais eficientes e novos produtos; Fortalecer a integração das atividades de comercialização e logística;
  • Inovar para gerar valor nos negócios, de hoje e do futuro, e atingir os objetivos em descarbonização.

O plano da Petrobras aderiu novamente quatro métricas de topo do plano passado, sendo que as três primeiras impactam diretamente a remuneração variável dos executivos e empregados da companhia. São eles:

  • Indicador de atendimento às metas de emissões de gases de efeito estufa (IAGEE) de Exploração e Produção e de Refino;
  • Volume vazado de óleo e derivados (VAZO);
  • Delta do EVA Petrobras;
  • Taxa de Acidentados Registráveis (TAR).

Investimento em descarbonização, energia renovável e P&D

No Plano Estratégico 2023-27 da Petrobras, estão planejados investimentos de US$ 4,4 bilhões para iniciativas de baixo carbono da companhia, que se distribuem em 3 segmentos:

  1. US$ 3,7 bilhões aplicados em projetos que contribuem para as iniciativas de descarbonização das operações (escopos 1 e 2);
  2. US$ 600 milhões em iniciativas de biorrefino (diesel renovável e bioquerosene de aviação);
  3. US$ 100 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para novas competências.

No plano, também foi reforçado o Programa Petrobras Carbono Neutro e o Fundo de Descarbonização, para financiar as soluções de descarbonização que reduzam as emissões com o menor custo e maior impacto na mitigação de carbono.

O orçamento do Fundo no PE 2023-27 é de US$ 600 milhões, o que corresponde a um aumento relevante na comparação com o plano passado, que era de US$ 248 milhões.

Com base em uma análise multicritério, foi indicado o aprofundamento de estudos nos novos negócios de eólicas offshore, hidrogênio e captura de carbono, além da continuidade da atuação em biorrefino.

Quais são os compromissos ambientais, sociais e de governança da Petrobras?

O PE 2023-27 da Petrobras integrou os elementos ASG em uma única visão, sintetizado por meio de uma mandala, com quatro ideias-força, que são:

  • Reduzir a pegada de carbono;
  • Proteger o meio-ambiente;
  • Cuidar das pessoas;
  • Atuar com integridade.
Petrobras (PETR4): novo plano prevê investimento de US$ 600 milhões em energia renovável

Além disso, a Petrobras assumiu alguns compromissos específicos em cada uma dessas ideias-força.

Na ideia de “reduzir a pegada de carbono”, a principal ambição da Petrobras é neutralizar as emissões nas atividades sob controle da estatal e influenciar parceiros a atingir a mesma ambição em ativos não operados, em 2050. Para isso alguns objetivos específicos são:

Quanto a “proteger o meio ambiente”, a Petrobras se propõe a reduzir 40% da captação de água doce até 2030 e gerar 30% menos resíduos sólidos de processo até 2030.

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João Vitor Jacintho

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