A Petrobras (PETR4) lidera uma iniciativa do setor, ao lado de dez empresas reunidas no Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), para ampliar o alcance do seu programa de acesso ao gás de cozinha, o gás liquefeito de petróleo (GLP), a consumidores de baixa renda.
As empresas participantes da iniciativa realizaram uma cerimônia nesta sexta-feira (18) na sede do IBP, para firmar a parceria. As companhias envolvidas são Baker Hughes, Enauta (ENAT3), Gás Natural Açu, Infotec Brasil, PetroRio (PRIO3), Repsol Sinopec Brasil, Schlumberger, Subsea 7, TechnipFMC e Vibra Energia (VBBR3). Todas indicaram projetos sociais apoiados por elas e a ideia é que as famílias integrantes dessas iniciativas recebam a ajuda da Petrobras.
No total, a Petrobras vai disponibilizar R$ 300 milhões e mais de 4 milhões de pessoas, direta e indiretamente, receberão benefícios até o fim deste ano.
A união entre empresas também indicou 20 projetos socioambientais para participar do programa. A Petrobras fechou parceria com quatro instituições sem fins lucrativos, que cobrem todo o território: a Ação da Cidadania, Central Única das Favelas (Cufa), Gerando Falcões e Movimento União BR.
Serão 270 mil famílias que receberão o auxílio em 2022, beneficiando mais de 1 milhão de pessoas, com até cinco entregas por pessoa.
“Cada um dos atores agrega suas características e recursos que, somados, são capazes de tirar do papel tudo aquilo que pretendemos fazer. É um ganho de escala exponencial para fazer chegar, com oportunidade, o que é necessário a quem mais precisa”, afirmou o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.
Leia também:
Importação de gás subiu para compensar alta do consumo, diz Petrobras (PETR4)
A demanda por gás natural cresceu 6% a cada ano nos últimos 21 anos, com o aumento do consumo por parte dos grandes clientes, principalmente a indústria e as termelétricas, segundo a Petrobras (PETR4).
Mesmo com o forte crescimento da oferta de produção nacional, foi necessário elevar as importações para atender ao aumento da demanda, informou o gerente executivo de Gás e Energia da Petrobras , Álvaro Tupiassú, durante apresentação no 2º Brazil Gas Summit.
Durante o evento, ele informou que as importações passaram de 22% da oferta nacional em 2000 para 47% em 2021, somando importações de gás natural e de gás natural liquefeito (GNL).
“Para atender à alta demanda, é essencial termos fontes flexíveis de suprimento, como importações de GNL (gás natural liquefeito), importações da Bolívia, na sua parte flexível, e fontes de gás não associado”, afirmou. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a expectativa é que o Brasil continue sendo um importador estrutural de gás no longo prazo.
Em comunicado, a Petrobras ressaltou que não é a única supridora de gás natural no País e que, com a abertura do mercado, conta com o aumento na diversificação de fornecedores. Atualmente, nove empresas, além dela, possuem contratos de venda de gás para distribuidoras e consumidores livres do país.
Última cotação
A Petrobras (PETR4) fechou a sexta-feira (18) com a ação em alta de 0,61%, a R$ 33. Nos últimos 12 meses, as ações acumularam alta de 20,75%.
(Com informações do Estadão Conteúdo)