A Petrobras (PETR4) anunciou recentemente um resultado operacional sólido no terceiro trimestre, segundo analistas do sell side.
Com isso, os mais recentes números aumentam expectativas para o resultado da Petrobras, deixando projeções mais otimistas nas planilhas de especialistas de research.
Isso especialmente em relação ao seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e ao pagamento de dividendos da Petrobras.
De acordo com o Santander, o Ebitda deve ser de US$ 13,7 bilhões, juntamente com um pagamento de dividendos de US$ 3,3 bilhões.
O Itaú BBA é ainda mais otimista, projetando um Ebitda de US$ 14,5 bilhões, graças aos preços mais elevados do petróleo, produção robusta e sólidos números de vendas relatados recentemente.
O cenário favorável, conforme observado pelo Itaú BBA, deve permitir um pagamento de dividendos de US$ 3,9 bilhões, o que implica um rendimento de 4,1%, alinhado com a política da Petrobras.
O relatório do Santander também enfatiza que, além do destaque na produção, a Petrobras apresentou margens de refino sequencialmente mais fortes, o que contribui para sua robustez financeira.
Mesmo em meio às mudanças propostas no estatuto da empresa, o banco mantém uma visão positiva sobre a Petrobras, ressaltando sua habilidade contínua de pagar dividendos substanciais.
Produção da Petrobras no 3T23 traz boa perspectiva, diz Goldman Sachs
Após a divulgação do relatório de produção da PETR4 nesta quinta-feira (26), o Goldman Sachs (GSGI34) destacou que os números reportados pela estatal corroboram a expectativa de um resultado forte para a companhia no terceiro trimestre. A Petrobras divulga seu balanço financeiro do período no próximo dia 9 de novembro, após o fechamento do mercado.
“Atualmente, estamos 16% acima do consenso da Bloomberg no nível de Ebitda, o que acreditamos que pode ser parcialmente atribuído à produção mais forte do que a esperada”, dizem os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins.
No segmento de refino em especial, a casa observou uma expansão de 6% na venda de derivados de petróleo da Petrobras, principalmente impulsionado pela maior demanda sazonal por diesel.
Para o Goldman, a produção do combustível somado às importações ficou abaixo dos níveis do segundo trimestre, enquanto as vendas de diesel foram quase 11% maiores, o que leva o banco a acreditar em um ambiente de preços mais saudável para o material.
“Continuamos vendo riscos de um potencial cenário de baixa, percebido por alguns investidores (abordagem intervencionista na política de preços e uma elevada alocação de investimentos para energias renováveis), tão menor do que antes. Além disso, continuamos a ver a empresa negociando com uma avaliação pouco exigente de aproximadamente 17% de fluxo de caixa livre em 2024″.
O Goldman tem recomendação de ‘compra’ para as ações da Petrobras, com preço-alvo a R$ 46,60 para as ações preferenciais (PETR3) e R$ 42,40 para as ações preferenciais (PETR4).