A Petrobras (PETR4) confirmou nesta quinta-feira (18) o reajuste dos preços da gasolina e do óleo diesel em suas refinarias, que ficarão R$ 0,23 e R$ 0,34 mais caros a partir da sexta-feira (19). Com mais esse reajuste, o litro da gasolina passará a custar R$ 2,48 e o do diesel, R$ 2,58.
Em comunicado, a Petrobras enfatizou que mantém os seus preços alinhados aos do mercado internacional, o que, segundo a estatal, “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.
A companhia diz ainda que, em 2020, reduziu os preços em suas refinarias ao acompanhar as oscilações externas. No último mês, a Petrobras foi criticada pelos caminhoneiros por supostamente reajustar demais o preço do diesel. Ao mesmo tempo, um grupo de importadores reclama que a empresa está vendendo gasolina e diesel a preços muito baixos se comparado aos do mercado internacional, o que estaria comprometendo a concorrência.
A estatal, no comunicado desta quinta, em que anuncia o reajuste, mais uma vez enfatiza os seus argumentos de que mantém a política de paridade internacional, o que permitiria a competição no comércio interno.
Além disso, reafirma que o preço nas suas refinarias não é o único componente na formação do valor pago pelos consumidores na bomba. “Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”, afirma.
Reajuste da Petrobras reduz diferença com preços internacionais, aponta Goldman Sachs
Na análise do Goldman Sachs, esse reajuste de preço é positivo pois reduz “significativamente” a diferença com os preços internacionais, de acordo com os cálculos dos especialistas.
“Vemos esse reajuste de preços como uma indicação positiva relevante em relação à política de preços dos combustíveis da Petrobras, visto que esse tema tem sido uma das principais preocupações dos investidores com quem conversamos até o momento neste ano”, apontou a instituição em seu relatório.
Para Goldman Sachs, a Petrobras tem seguido tendências internacionais de preços de diesel e gasolina nas tendências de baixa e alta dos preços internacionais dos combustíveis.
(Com informações do Estadão Conteúdo)