A Petrobras (PETR4) aprovou sua revisão para seu próximo plano estratégico, que deve vigorar de 2024 a 2028. A decisão foi comunicada pela estatal ainda na manhã desta quinta-feira (1º).
O novo plano estratégico da Petrobras prevê investimentos de 6% a 15% em baixo carbono, ante 6% do plano anterior.
Os elementos do plano visam preparar a Petrobras para o compromisso com um “futuro mais sustentável, na busca por uma transição energética justa e segura no país, conciliando o foco atual em óleo e gás com a busca pela diversificação de nosso portfólio em negócios de baixo carbono”, disse a empresa em nota.
Os investimentos devem ser financiados pelo fluxo de caixa operacional, em níveis equivalentes às outras companhias do setor.
Além disso, devem ser frutos de parcerias permitam compartilhar riscos e expertise.
Ainda em março, a diretoria executiva da Petrobras desenhou novas estratégias para seus segmentos de atuação.
- Exploração e produção: Maximizar o valor do portfólio com foco em ativos rentáveis, repor as reservas de petróleo e gás inclusive com a exploração de novas fronteiras, aumentar a oferta de gás natural e promover a descarbonização das operações
- Refino transporte e comercialização: Atuar de forma competitiva e segura, maximizar a captura de valor pela adequação e aprimoramento do nosso parque industrial e da cadeia de abastecimento e logística, buscar a autossuficiência em derivados, com integração vertical, processos mais eficientes, aprimoramento de produtos existentes e desenvolvimento de novos produtos em direção a um mercado de baixo carbono
- Gás e energia, e renováveis: Atuar de forma competitiva e integrada na operação e comercialização de gás e energia, otimizando o portfólio e atuando na inserção de fontes renováveis
- Sustentabilidade: Atuar em negócios de baixo carbono, diversificando o portfólio de forma rentável e promovendo a perenização da Petrobras; Atuar nos nossos negócios de forma íntegra e sustentável com segurança, buscando emissões decrescentes, promovendo a diversidade e o desenvolvimento social, contribuindo para uma transição energética justa e para a formação de especialistas em sustentabilidade; e Inovar para gerar valor para o negócio, suportando a excelência operacional e viabilizando soluções em novas energias e descarbonização
Projeto ainda deverá passar por outro crivo
Vale lembrar que a proposta de destinação de parte do Capex para investimentos de baixo carbono ainda será levada à aprovação final, em meados de novembro de 2023.
Além disso, a Petrobras ainda ressalta que, uma vez aprovado o plano, os projetos em energias renováveis e em descarbonização deverão passar pelos “processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, tendo sua viabilidade técnica e econômica demonstrada”.