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Petrobras (PETR4): novo plano estratégico pode afetar dividendos?

Petrobras (PETR4):

Petrobras (PETR4). Foto: iStock

Segundo o Valor Econômico, os investimentos totais no próximo plano estratégico de 5 anos da Petrobras (PETR4), que deve ser anunciado até novembro, podem chegar a até US$ 110 bilhões, ante US$ 102 bilhões do plano atual (2024-2028). Após a notícia, o Goldman Sachs emitiu um relatório avaliando os possíveis números.

De acordo com a publicação, o foco da revisão do plano estratégico da Petrobras deve ser no segmento de upstream (exploração e produção), enquanto os investimentos em energias renováveis devem receber menos atenção em comparação com o plano atual.

Na opinião do Goldman Sachs, isso é consistente com os comentários recentes da gestão, que tem enfatizado a importância de focar no core business da Petrobras, onde a empresa possui vantagens competitivas claras.

Um dos pontos-chave, na visão da casa, será o número de projetos já sancionados pela empresa para os próximos anos em comparação com o tamanho total do plano. Alguns desses projetos estão em fase de avaliação e podem ou não ser executados.

Além disso, o Goldman Sachs vê um limite para o aumento potencial do CAPEX (investimentos em capital) no futuro próximo devido a restrições na cadeia de suprimentos e capacidade de execução, o que favorece a ideia de dividendos da Petrobras elevados nos próximos anos.

Os analistas acreditam que há espaço para um dividendo extraordinário de cerca de US$ 4 bilhões a ser anunciado até o final deste ano. A casa também estima um fluxo de caixa livre de 12% em 2025 (com Brent a US$ 72/barril), que, segundo os analistas, também pode ser totalmente distribuído como dividendos, dada a confortável posição de alavancagem da Petrobras (1,1x dívida líquida/EBITDA).

No relatório, os analistas do Goldman Sachs também chamam a atenção para dois pontos adicionais:

Por fim, a casa reitera recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), com preço-alvo de R$ 39,70.

“Os principais riscos para nossa tese incluem preços do Brent abaixo do esperado, apreciação do real, produção abaixo do previsto e interferência governamental”, completa o Goldman Sachs sobre a Petrobras.

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