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Petrobras (PETR4): novo navio-plataforma vai reduzir pela metade as emissões

Petrobras (PETR4)

Petrobras (PETR4) - Foto: Agência Petrobras

A Petrobras (PETR4) anunciou que amanhã (26) o navio-plataforma Anita Garibaldi deixará o estaleiro Jurong (ES) em direção ao campo de Marlim, na bacia de Campos (RJ). A partir dali começará a ser interligado a 43 poços, que antes produziam por meio de cinco plataformas.

Segundo o gerente de unidades afretadas na fase de projeto da Petrobras, Carlos Romeiro, a substituição das unidades antigas vai reduzir pela metade as emissões de gases efeito estufa (GEE) do campo.

A estimativa da petroleira é de que, junto com outra unidade, a Ana Nery, que já está no local e vai substituir quatro plataformas, Marlim vai produzir 150 mil barris de petróleo por dia (bpd) já a partir do início do segundo semestre deste ano.

As duas plataformas integram o programa da Petrobras de revitalização da bacia de Campos, maior projeto de revitalização da indústria offshore mundial, segundo a estatal. A região, descoberta na década de 1980, já foi a principal bacia produtora da companhia, mas perdeu espaço para os gigantes reservatórios do pré-sal, cuja descoberta coincidiu com o início do declínio da produção da bacia.

A previsão é de que a produção na bacia de Campos atinja 900 mil boe/d em 2027, três vezes mais do que seria possível se a estatal não substituísse os antigos sistemas por novos.

FPSO Anita Garibaldi

A construção da unidade partiu de um navio-petroleiro que foi adaptado pela Modec. Terá capacidade de armazenar 1,6 milhão de barris de petróleo, com produção diária de 80 mil barris. A conversão e a integração da FPSO Anita Garibaldi foi feita na China, e o comissionamento – ou fase de testes – no estaleiro Jurong, no Brasil.

Marlim faz parte dos campos do chamado “bid zero”, que ficaram de fora das licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) após a abertura do mercado em 1997.

“Como é do bid zero, Marlim não tem exigência de conteúdo local”, explica Romeiro.

No Plano Estratégico da Petrobras para o período 2023-2027, a previsão é de que a companhia invista US$ 18 bilhões na revitalização da bacia de Campos, com ambição de acrescentar um volume de 20 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) às suas reservas até 2030, sendo 5 bilhões decorrentes dos ativos operados pela Petrobras na bacia.

Com informações do Estadão Conteúdo

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