O Morgan Stanley elevou a recomendação para os ADRs da Petrobras (PETR4) negociados em Nova York de neutra para compra, com o preço-alvo subindo de US$ 18 para US$ 20.
A casa destaca que a tese de investimento na empresa segue calcada na remuneração aos acionistas. E nesse sentido, os analistas se mostram otimistas com os dividendos extraordinários da Petrobras.
“Nossa análise de cenário de múltiplos aponta para potenciais distribuições extras de cerca de US$ 7 bilhões (R$ 38,3 bilhões) até 2025”, diz o relatório.
Além dos dividendos da Petrobras, outro ponto citado pela casa é a possível diminuição de ruídos com o estabelecimento da nova gestão de Magda Chambriard.
“Com as mudanças de gestão já passadas, acreditamos que o nível de ruído diminuirá gradualmente, o que pode remover parte do componente de volatilidade. A mensagem do novo CEO e CFO em recentes teleconferências e reuniões nos leva a acreditar na continuidade da estratégia, com a coexistência de um aumento responsável nos investimentos e distribuição de dividendos“, diz.
Com isso, o banco estima um potencial de retorno total de 60% para a Petrobras, sendo 37% em relação à valorização das ações, 16% de dividendos regulares e 7% de dividendos extraordinários.
A casa cita que o forte perfil de geração de caixa é a principal vantagem da Petrobras frente aos seus pares globais. Os analistas projetam um rendimento de FCF (fluxo de caixa livre) de 22% em 2024 e 23% em 2025.
“Acreditamos firmemente que a Petrobras tem os melhores ativos de petróleo offshore do setor, com produtividade de poço incomparável e baixos custos de capex e produção”, dizem os analistas.
O rendimento de FCF da Petrobras, aliás, não deve ser impactado por possíveis fusões e aquisições, projeta o relatório. Além disso, a casa também não espera nenhuma ruptura nos padrões de governança.
“Embora mudanças recentes e posteriores nas equipes de alta e média gerência possam eventualmente provar ter sido bandeiras amarelas, não vimos nenhuma ruptura material nos padrões de governança”, completa o Morgan Stanley sobre a Petrobras.