Petrobras (PETR4): governo quer que nova direção reavalie venda de ativos

A Petrobras (PETR4) informou que o Ministério de Minas e Energia (MME) enviou um ofício à estatal para que a nova diretoria, que deve ser aprovada na reunião do Conselho de Administração nesta quarta (29), reavalie a decisão da gestão anterior.

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No dia 1º de março, foi informado que a Petrobras recebeu o ofício do MME, solicitando que fosse avaliada a possibilidade de suspensão da venda dos ativos. Segundo a pasta, o motivo era a reavaliação da Política Energética Nacional, atualmente em curso, e a instauração da nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

“Solicito, respeitadas as regras de governança, bem como os eventuais compromissos assumidos com entes governamentais, possibilidade de suspender, pelo prazo de 90 dias, novos processos de desinvestismento e eventualmente os que estejam em trâmite e não concluídos nesta companhia, desde que esta providência não coloque em risco os interesses intransponíveis da Petrobras”, dizia documento do MME.

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Em seguida, no dia 17 de março, a então diretoria da Petrobras, que era composta por indicados pelo governo Bolsonaro, respondeu ao primeiro ofício do MME, afirmando não ver razão para interromper a venda de ativos que já estavam com contratos assinados.

“Procedemos o estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos em curso e, até o momento, não verificamos fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados (signing) devam ser suspensos. Os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise”, dizia o comunicado da Petrobras.

Com a entrada dos novos diretores, a expectativa é de que vendas como a refinaria Lubnor, no Ceará, e campos de produção no Rio Grande do Norte e Espírito Santos sejam efetivamente suspensas.

Atualmente, a Petrobras tem cinco contratos assinados, ainda em negociação. Sendo eles:

  • Refinaria Lubnor (Ceará): em US$ 34 milhões para a Grepar Participações;
  • Polo Potiguar (Rio Grande do Norte): em US$ 1,38 bilhão para a 3R Petroleum (RRRP3);
  • Polo Norte Capixaba (Espírito Santo): em US$ 544 milhões para a Seacrest;
  • Polos Golfinho e Camarupim (Espírito Santo): em US$ 75 milhões para a BW Energy;
  • Campos de Pescada, Arabaiana e Dentão (Rio Grande do Norte): em US$ 1,5 milhão para a 3R Petroleum.

Cotação da Petrobras

As ações preferenciais da Petrobras operam em alta de 1,27% no pregão desta quarta-feira, cotadas a R$ 23,90. Segundo dados do StatusInvest, neste mês de março os papéis tiveram uma desvalorização de 5,57%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses houve uma valorização de 22,83%.

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Janize Colaço

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