O ministro da Casa Civil, Rui Costa declarou nesta terça-feira (12) que a Petrobras (PETR4) ‘tomou uma decisão acertada’ ao não distribuir dividendos aos seus acionistas.
O ministro ainda disse que também seria conservador sobre o assunto se integrasse o Conselho de Administração da Petrobras.
Costa deu as declarações no dia seguinte de uma reunião com o presidente da República, Lula (PT), ministros, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e diretores da estatal no Palácio do Planalto.
Na semana anterior, a empresa amargou uma queda de 10% e perdeu mais de R$ 50 bilhões em valor de mercado por não ter pago os dividendos extraordinários.
Havia uma grande expectativa acerca destes dividendos da Petrobras, algo que era frequentemente citado em relatórios de analistas de mercado divulgados antes da publicação do balanço da companhia.
O ministro falou em entrevista ao canal de notícias GloboNews. Na ocasião, ele também disse que nem o governo nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desprezam a relação com os segmentos evangélicos do eleitorado.
Haddad e Silveira declaram que Conselho da Petrobras deve rever decisão sobre dividendos
Os ministros da Fazenda e de Minas e Energia, Fernando Haddad e Alexandre Silveira, confirmaram na segunda-feira (11) que a companhia poderá revisar sua decisão de reter os dividendos extraordinários em uma conta de reserva de remuneração de capital, conforme ficou estabelecido na semana passada.
Após a ordem do conselho derrubar as ações da Petrobras, com o temor de ingerência do governo federal sobre a direção da estatal, os dois ministros falaram à imprensa depois de reunião de mais de três horas que ocorreu nesta tarde no Palácio do Planalto, e buscaram ressaltar que a governança da petroleira está sendo respeitada.
Ao negar que o assunto tenha sido discutido no encontro, que também reuniu o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o ministro de Minas e Energia alegou que a distribuição dos dividendos é “dinâmica” e que a divisão destes recursos será avaliada no momento adequado pelo Conselho de Administração.
Haddad seguiu a mesma linha e afirmou que a conveniência de “quanto” e “quando” será a distribuição é uma decisão que caberá a Petrobras, repetindo mais de uma vez que não cabe à Fazenda opinar sobre a retenção ou a divisão desses recursos com os investidores.
Com Estadão Conteúdo