Nesta sexta-feira (02), o Mercado Livre (MELI34) ultrapassou a Petrobras (PETR4) no posto de empresa mais valiosa da América Latina.
As ações do Mercado Livre dispararam após a empresa divulgar o seu balanço do segundo trimestre. O MELI mais que dobrou seu lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 531 milhões, acima do projetado por analistas.
Por volta das 15h (horário de Brasília), os papéis do Mercado Livre negociados em Nova York disparavam 9,50%, a US$ 1.758,97, após bater a máxima do dia em US$ 1.786,97.
Com a alta substancial, o Mercado Livre ultrapassou a Petrobras como a maior empresa da América Latina em valor do mercado, segundo dados da consultoria Elos Ayta.
O Mercado Libre chegou a um valor de mercado de US$ 89,8 bilhões (R$ 512 bilhões, considerando a cotação de R$ 5,70 da tarde desta sexta-feira). Isso representa uma alta de 13%, ou US$ 10,3 bilhões (R$ 58,7 bilhões) em menos de um ano.
No período, a empresa foi beneficiada pela alta do dólar. A moeda norte-americana subiu 18,4% até esta sexta-feira, justamente o mesmo percentual perdido pela Petrobras em valor de mercado no mesmo período.
O valor de mercado da Petrobras era de US$ 102,79 bilhões (R$ 585,9 bilhões) ao final de 2023. Hoje, contudo, essa cifra é de 83,88 bilhões (R$ 478 bilhões).
Dividendos da Petrobras (PETR4) serão sacrificados pela alta nos investimentos da empresa?
Recentemente, a Petrobras (PETR4) vem sinalizando um aumento nos seus investimentos, o que inclui a potencial recompra da refinaria de Mataripe, na Bahia, por exemplo. Com isso, os investidores ficam preocupados sobre um possível reflexo nos dividendos da empresa, e o BTG Pactual se manifestou sobre o assunto.
Os analistas da casa mantêm uma visão construtiva sobre a Petrobras, e acreditam que o aumento em potencial nos investimentos da empresa não devem sacrificar a capacidade de distribuição de dividendos substanciais.
“Continuamos vendo a Petrobras sendo negociado em um dividend yield (DY) que mais do que compensa os riscos da tese (15% para os próximos 12 meses)”, diz o BTG em relatório.