Em resposta a um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras (PETR4) disse que está avaliando a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre irregularidades no contrato com a Unigel.
No dia 31 de julho, uma decisão do TCU apontou supostas irregularidades no contrato entre a Petrobras e a produtora de fertilizantes Unigel. Com isso, a estatal afirma que medidas poderão ser tomadas a fim de mitigar questionamentos semelhantes em futuros processos de contratação na empresa.
A petroleira destaca que, na decisão, o TCU negou a concessão de medidas cautelares em relação ao caso devido à perda de objeto. Além disso, diz a estatal, não houve exigência de providência imediatas relacionadas ao contrato.
O Tribunal de Contas da União identificou irregularidades na celebração de um contrato de industrialização por encomenda (tolling) entre a Petrobras e a Proquigel Química, ocorrido em dezembro do ano passado.
Tal contrato previa o pagamento de de R$ 759,2 milhões ao Grupo Unigel, além da prestação de serviços nas fábricas de fertilizantes nitrogenados da Petrobras em Camaçari, na Bahia, e em Laranjeiras, no Sergipe.
O acordo, contudo, não foi efetivado devido ao não cumprimento das condições de eficácia, segundo informou a Petrobras em junho.
Por fim, a estatal disse entender que atuou de forma diligente e de acordo com as regras internas de governança vigentes.
Fusões e aquisições são principal risco para dividendos da Petrobras (PETR4)
Em novo relatório após incorporar o resultado do segundo trimestre da Petrobras (PETR4) e as declarações da diretoria da empresa durante teleconferência, o Goldman Sachs fala sobre as perspectivas de pagamento de dividendos pela companhia.
“Acreditamos que que eventuais fusões e aquisições (e não o uso da reserva de dividendos em si) representa o principal risco para o pagamento potencial de dividendos extraordinários”, diz a casa em relatório.
Com isso, o Goldman Sachs segue com recomendação de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 34,70 para PETR4. No entanto, os analistas destacam que a PRIO é a ação preferida no setor de óleo e gás.
Em relatório recente, o BTG Pactual demonstra uma visão parecida em relação aos dividendos da Petrobras. Os analistas acreditam que uma decisão sobre sobre a distribuição extraordinária será tomada assim que o novo Plano Estratégico de cinco anos for revisado, em novembro, mas demonstram confiança com o assunto.
“Apesar de algum ruído em torno do uso das reservas de capital da empresa, saímos com maior confiança de que dividendos extraordinários serão baseados na posição de caixa da empresa”, diz o BTG.
Assim, dizem os analistas, a falta de desembolsos significativos à frente apoia pagamentos especiais por parte da Petrobras antes do final do ano.