O governador de São Paulo e pré-candidato à presidência da república, João Doria (PSDB), afirmou que, caso eleito, privatizará a Petrobras (PETR4) e outras estatais. Em ocasiões anteriores, o tucano já havia citado o anseio em desestatizar a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BBAS3).
“No nosso governo, nós vamos colocar a Petrobras para ser privatizada para que a companhia possa se tornar mais competitiva, em um possível split de 3 ou 4 empresas”, afirmou Doria, durante live promovida pelo grupo Parlatório com empresários, economistas e a participação dos ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Michel Temer (MDB).
Doria esclareceu que a modelagem da privatização da Petrobras terá um processo longo.
“Não é uma proposta populista”, garantiu o governador, destacando que haverá a criação de um fundo de compensação para que os novos proprietários da empresa contribuam, todos os meses, para momentos em que houver pressão de aumento do combustível.
Além disso, durante a live o governador de São Paulo fez duras críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Fui amigo do Guedes, hoje quero distância. Ele virou um fanático por esse homem que está no Palácio do Planalto, uma pessoa doentia, que faz uma política antivacina”, disse durante live promovida pelo grupo Parlatório.
Doria citou a atual situação da inflação, acima de 10%, “retrato de um desgoverno”.
“Hoje temos falta de governabilidade, um governo que propõe a ruptura do teto de gastos, não tem credibilidade no plano internacional e gera insegurança ampla no mercado. A falta de políticas claras influencia obviamente na inflação e quem sofre mais é a classe mais vulnerável. A economia está tão desorganizada que nem um gênio resolveria sozinho, é preciso equipe.”
Além da Petrobras, Doria mira reformas
Doria exaltou a reforma trabalhista aprovada no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e reforçou a sua manutenção.
“Quero exaltar a reforma trabalhista que chegou a ser ameaçada por Lula, isso é um absurdo. Nós temos que estar posicionados para que esse discurso não seja colocado sem contestação no período eleitoral”, disse o tucano, destacando que é preciso que se possa garantir que o trabalhador não pague mais imposto e o empregador tenha condição mais justa e equilibrada para atuar.
Doria criticou também a proposta de taxar grandes fortunas.
“Sou contra a taxação de grandes fortunas, isso é populismo barato, se não tiver uma contestação clara, a população mais humilde passa a acreditar no candidato populista”, disse o pré-candidato, no mesmo evento em que defendeu a desestatização da Petrobras.
Com informações do Estadão Conteúdo