Em fala recente sobre a Petrobras (PETR4), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, negou que haja qualquer tipo de interferência na estatal.
Na fala sobre a Petrobras, nesta terça-feira (9), Albuquerque citou que existem diversos dispositivos legais que impedem isso, entre elas a Lei das Estatais, de 2016, que determina que não pode haver interferências nas empresas públicas.
“Não pode, não há e nunca houve interferência na Petrobras ou no mercado de combustível onde quer que seja”, afirmou o ministro de minas e energia durante audiência pública em comissões do Senado.
A declaração do ministro ocorre após diversos comentários do presidente Jair Bolsonaro em relação à estatal.
No último sábado (6) o chefe do Executivo afirmou que procura uma maneira de “ficar livre da Petrobras”. A apoiadores, ele reafirmou a intenção de “fatiar” ou até “privatizar” a empresa.
Preço dos combustíveis estimula discussão acerca da Petrobras
A estatal entrou na mira do Executivo em meio à alta nos preços dos combustíveis. Ao comentar o tema, o ministro afirmou que o aumento deve-se, principalmente, à alta do petróleo no cenário internacional.
“Houve um aumento nesses valores principalmente pela alta do petróleo, que só em 2021 subiu 60% e com tendência agora, com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, do preço subir um pouco mais”, disse.
O ministro destacou que há discussões no Congresso e no governo sobre o aumento dos preços de combustível. Em relação ao Executivo, ele citou que alguns tributos federais já foram reduzidos e que há outros em análise, mas que é necessário que haja compensação.
Entre as alternativas, Albuquerque também citou a criação de um “colchão tributário”, que possa permitir que as variações do preço do petróleo e do combustível possam ser compensadas de algumas forma, e de uma “reserva estabilizadora de preços”, que seria uma reserva de capital para quando houvesse uma volatilidade muito grande.
Cotação de PETR4
As ações da Petrobras sobem 2% na bolsa de valores nesta terça (9), somando quase 8% de valorização nos papéis preferenciais da estatal nos últimos seis meses.
Apesar disso, no acumulado de 2021, as ações da companhia ficam no vermelho, considerando a cotação de R$ 28,91 da Petrobras no primeiro do pregão antes os R$ 26,66 atuais. A companhia soma 7,7% de desvalorização no Year to Date (YTD), deste modo.
Com informações do Estadão Conteúdo
