Com política de dividendos, ações da Petrobras (PETR4) estão “fortemente inclinadas para ganhos”, diz UBS BB

Os recentes anúncios da Petrobras (PETR4), como a nova política de dividendos e o plano estratégico para o próximo quinquênio, animaram analistas da UBS BB, que  aumentaram o preço-alvo de R$ 31 para R$ 44.

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Segundo a análise do banco de investimentos, na relação risco x recompensa da Petrobras traz mais vantagens. “Quanto risco está precificado que não pode ser compensado com 100% de dividendos em 5 anos?”, pergunta o banco, que destaca as mudanças no corpo administrativo da empresa e a queda de 60% da dívida bruta.

Por tudo isso, o UBS acredita que “o risco está fortemente inclinado para cima” e que não dá para ficar pior do que agora, considerando que a empresa está sendo negociada a valores mínimos.

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A revisão altista dos analistas também engloba os resultados do terceiro trimestre de 2021 e a última curva de preços do Brent do UBS. O banco elevou projeções para o preço do petróleo Brent em 2022 e 2023 para US$ 81 e US$ 80, contra a estimativa anterior de US$ 62 e US$ 60, respectivamente.

A instituição admite que a espinha dorsal que sustenta sua revisão é a nova política de dividendos. “A orientação para US$ 60-70 bilhões em dividendos em 5 anos (dividend yield anual de 20%), pagamento de dividendo mínimo de US$ 4 bilhões/ano (5-6% em rendimento) e atualização da política para pagamentos trimestrais apoia nossa visão de que o risco é fortemente inclinado para cima. Mesmo na pior das hipóteses, cenário de fraco desempenho das ações, vemos os dividendos como mais do que suficientes para compensar o que vemos como um risco de desvantagem superfaturada.”

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Para BTG, recomendação da Petrobras ainda é neutra

O Banco BTG Pactual (BPAC11) oferece uma visão oposta, mantendo sua recomendação neutra em relação às ações da Petrobras: “Os traumas do passado obscurecem o futuro”. O banco diz que ainda há razões para acreditar que as vantagens não serão totalmente capturadas até que o mercado esteja plenamente confiante sobre o que esperar da alocação de capital da empresa diante das eleições.

“Mais uma vez, reforçamos que a capacidade de perpetuar a distribuição de dividendos da Petrobras pode adicionar grande vantagem para o caso, sustentada não apenas pelos fundamentos do petróleo, mas também por rendimentos de dividendos de 26% e 20% em 2022, respectivamente”, diz o BTG que, apesar disso, ainda não vê no futuro da estatal a segurança necessária para recomendar a compra.

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Bruno Galvão

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