Em relatório divulgado na segunda-feira (29), a Genial Investimentos viu os resultados de reservas provadas da Petrobras (PETR4), divulgados na sexta-feira (26), como positivos, se considerado o tamanho da estatal e os quase um bilhão de barris produzidos ao longo de 2023. A casa considerou que os dados indicam uma potencial geração de valor para a companhia.
As estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da Petrobras, segundo critérios da Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM americana, resultaram em 10,9 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em 2023. Do total, 84% são de óleo e condensado e 16% de gás natural.
“O relatório indicou uma relação Reservas Provadas/Produção (R/P) de 12,2 anos – ou seja: considerando o atual nível de produção e de reservas provadas, a empresa conseguiria seguir produzindo por mais por mais doze anos. Na prática, entendemos que esse valor é muito maior, mas serve como referência para potencial de geração de valor ao longo do tempo”, pontuaram os analistas Vitor Souza e Israel Rodrigues.
A Genial tem recomendação “manter” para as ações de Petrobras, com preço-alvo a R$ 35,00.
Também em relatório, o Bank of America repercutiu positivamente os dados de reservas provadas da Petrobras em 2023, tendo em vista que a estatal conseguiu mais do que compensar a produção do ano passado e os desinvestimentos.
No período em questão, a Petrobras teve uma adição de reservas de 1,5 bilhão de barris de óleo equivalente (boe), o que segundo o BofA, pode ser explicada pelo forte desempenho dos campos do pré-sal de Búzios, Tupi e Atapu, na Bacia de Santos, além da declaração de comercialidade dos campos Raia Manta e Raia Pintada.
“É impressionante que os campos do pré-sal continuem a superar as expectativas em termos de produção/produtividade mesmo depois de vários anos desde a sua descoberta”, avaliaram os analistas Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes.
O BofA tem recomendação de ‘compra’ para as ações de Petrobras, com preço-alvo a US$ 18.
Petrobras: veja outros dados de produção
Como nos anos anteriores, quando a Petrobras passou a focar em águas ultraprofundas, a meta de produção total da estatal foi atingida em 2023, com 2,78 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) de petróleo e gás natural – 3,7% acima do volume registrado em 2022.
Já a produção comercializada de óleo e gás natural da Petrobras alcançou 2,44 milhões de boed no ano passado, enquanto apenas a de petróleo foi de 2,24 milhões de barris de óleo por dia (bpd). Ambos ficaram em linha com projeção revisada pela estatal em novembro de 2023, dentro da faixa de mais ou menos 2,0%.
Em 2023, a companhia atingiu o recorde de produção total de óleo e gás natural, ao registrar 3,87 milhões de boed, superando o recorde anterior de 2022, que havia sido de 3,64 milhões de boed.
No comunicado, a Petrobras informou que ainda houve a entrada em operação de quatro novas plataformas no ano passado, como a Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência (FPSO, na sigla em inglês) Anna Nery, primeira unidade de revitalização de Marlim e Voador, além do FPSO Almirante Barroso, quinta unidade do campo de Búzios, ambas em maio.
Em agosto, foi a vez da FPSO Anita Garibaldi, segunda unidade de revitalização de Marlim e Voador. Por fim, em dezembro, a Petrobras colocou em operação a FPSO Sepetiba, segundo sistema de produção do campo de Mero.
De acordo com a Petrobras, o ano de 2023 foi marcado pelo alcance das capacidades máximas de produção de óleo das plataformas P-71, no campo de Itapu, do FPSO Guanabara, no campo de Mero, e do FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios.
Desempenho das ações de Petrobras
Cotação PETR4